Os resultados das análises químicas do mar próximo ao Arquipélago de Abrolhos devem começar a sair essa semana e podem não ser conclusivas. A informação foi divulgada pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Claudio Maretti, nesta quarta-feira (13), ao CORREIO.
Amostras foram colhidas em oito municípios: Porto Seguro, Alcobaça, Belmonte, Caravelas, Mucuri, Nova Viçosa, Prado e Santa Cruz Cabrália. “Não foi uma mancha fechada ou completa. Muitas vezes era necessária a orientação do helicóptero para fazer a coleta das amostras no mar”, explica o presidente. Segundo ele, a ação é preventiva e a lama avistada no Sul da Bahia é bastante diluída, diferente do que é encontrado na foz do Rio Doce, no município de Mariana. “Ela forma uma espécie de gelatina que fica nadando sobre a água do mar. Ela está mais suscetível ao vento, tivemos uma frente fria, que trouxe uma mancha menos concentrada, bastante diluída”, detalha. Maretti afirma que outros eventos aconteceram esse mês na região que podem explicar o fenômeno e por isso apenas o resultado das coletas pode comprovar procedência do material. “Há vários outros eventos na região, pela movimentação da lua que houve uma maré mais forte que mobilizou sedimentos do fundo, há também da dragagem do canal da tomba de Caravelas, e uma chuva que pode ter carreado sedimentos”, contabiliza. O banho e a visitação às praias da região não estão comprometidas pelas manchas. “A visibilidade para os corais continua boa. Não há nenhuma proibição de visitas ou banho. É muito diferente uma lama de Mariana e essa daqui”, garante Maretti. Ainda de acordo com o presidente da ICMBio, a coleta de amostras é uma ação preventiva. Durante essa semana, algumas reuniões entre o instituto, prefeituras, Inema e o governo do estado foram realizadas para traçar estratégias e fazer o monitoramento das amostras. Sobrevoo Nesta terça-feira (12), o secretário estadual de Meio Ambiente (Sema), Eugênio Splenger, informou que o sobrevoo realizado pela presidente do Inema, Márcia Telles, não revelou nenhuma novidade. “Já tínhamos previsto isso (o sobrevôo), para acompanhar o trabalho de campo de nossa equipe e tentar identificar possíveis manchas”, explicou. Os principais rios da região também são estudados com o objetivo de comparar as amostras com a coleta do material marítimo. A mineradora Samarco, responsável pela barragem, também realiza o monitoramento da área. “A Samarco também acabou de coletar amostras, coordenada pelo ICMBio e Ibama. Agora é aguardar os resultados das análises para a gente ter dados concretos”, concluiu o secretário.
Mancha apareceu próximo ao Parque Nacional de Abrolhos, no Sul da Bahia |
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