Jornalista e filha do recôncavo baiano, Jamile Menezes sempre teve muita percepção sobre a cultura negra da Bahia e como essa "efervescência" é um campo que necessita ser visto e, além de tudo, reconhecido. Por isso, a comunicadora decidiu criar o Soteropreta, um portal afrocultural "construído, formado, mobilizado e destinado à população negra".
Foto: Divulgação |
"É a primeira iniciativa exclusiva para este conteúdo. Ou seja, teremos conteúdo voltado para os diversos campos da cultura negra na cidade", conta a jornalista de olhar firme, que lançou oficialmente o portal nesta semana e sabe que há desafios ao empreender nesta área, mas também oportunidades e demandas que precisam ser "identificadas, entendidas e captadas para produção".
Ainda de acordo com a moradora do bairro do Tororó, em Salvador, "em qualquer tempo é preciso empreender". "Negros e negras são maioria de Microempreendedores. Temos ideias geniais, criativas. E com a crise criamos alternativas", ressalta. A baiana de voz serena e quase 1,80 m de altura, acredita no potencial da capital baiana e investe nisso, com conhecimento das implicações que poderão surgir. "Ninguém disse, nem diz, que será fácil. Não é e jamais será".
Jamile, que também trabalha como assessora de comunicação, atribui ainda sua veia empreendedora à sua passagem pelo Instituto de Mídia Étnica, a relação com o movimento negro, o trabalho de produção artística, o casamento com a cantora Savannah Lima e "as inspirações de grandes mulheres negras tombadoras que tão mudando a cidade, o país, e a filosofia africana Ubuntu, que trata da importância de alianças e solidariedade entre as pessoas".
*Midiã é jornalista e responsável pelo site Lista Negra, que conta histórias de vida de empreendedores negros e escreve para o iBahia.com quinzenalmente às quartas-feiras.
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Redação iBahia
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