O engenheiro baiano Bóris Tabacof, 84 anos, ex-diretor do Grupo Safra e atual presidente do Conselho de Administração da Suzano, se tornou a primeira pessoa a relatar à Comissão Nacional da Verdade (CNV) torturas cometidas por agentes do Estado antes da ditadura militar. Preso político em 1952, no governo democrático de Getúlio Vargas (1951-1954), Tabacof foi confinado em celas no Forte do Barbalho, em Salvador, e relatou ter sido espancado e privado de sono. No total, ele ficou preso por 400 dias. Tabacof, então com 24 anos, era do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e apoiava um grupo de militares nacionalistas e comunistas que atuavam dentro das Forças Armadas. Era secretário de organização do PCB na Bahia, quando foi preso em 20 de outubro de 1952, dentro de um ônibus. “Me obrigaram a tirar a roupa e a ficar nu durante vários dias e a única coisa que tinha nesse cubículo era um balde para as necessidades”, disse ele, que contou ter levado mais 60 anos para superar o trauma e trazer a história a público. Matéria original: Jornal Correio
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