O Instituto de Cegos da Bahia inaugurou na tarde desta terça-feira (7) o Centro Musical em Salvador. Com sede localizada no bairro do Barbalho, a inauguração contou com a presença de Carlinhos Brown e reuniu alguns talentos frutos do projeto.
Sobre a importância do Instituto de Cegos, o conselheiro João Gomes, que esteve no evento representando a presidente Heliana Diniz, falou com o iBahia sobre a importância do projeto.
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“O Instituto possui uma ampla representatividade social para Salvador e para a Bahia porque é um centro de excelência e referência para a população com baixa visão e cegueira total”, iniciou.
“Então é um local que torna essas pessoas autônomas em diversas atividades, podem ter um estilo de vida com muito mais qualidade do que se pode imaginar, quebrando níveis de preconceito, barreiras, que não são tão imagináveis por quem não convive. Aqui tem atletas de futebol, alunos que vão para universidades e escolas técnicas, é esse o nível de importância”, completou.
Antes da pandemia, o instituto atendia uma média de 80 pessoas por semana, cerca de 320 mensalmente. Além da capital baiana, o projeto também atende pessoas da Região Metropolitana de Salvador e do interior do estado, que agora terão acesso ao novo espaço musical.
“A música é arte, é elevação. Nós temos aqui muitos jovens e adultos que também querem dar essa vazão de arte”, diz João.
Um exemplo de aluna que despertou o desejo musical através do instituto é Manu Dourado, de 14 anos, que subiu ao palco da coletiva para se apresentar e falar sobre a importância da música em sua vida.
“Tô feliz demais, é o que eu gosto muito de fazer, então agora vai ficar aqui pro Instituto também, né, pra todo mundo fazer junto comigo o que eu gosto muito de fazer”, disse a jovem.
Carlinhos Brown acompanhou a estudante durante a canção “Vilarejo”, mais uma parceria do baiano com a cantora Marisa Monte, presente no disco “Infinito Particular”.
Em entrevista para o iBahia, Brown falou sobre a importância da música para o Instituto de Cegos da Bahia.
“Esse é um panteão da música, foi aqui que eu conheci Raul porque quem me acolheu aqui foi a mãe dele quando era diretora líder do Instituto. Nós estamos aqui em coesão oferecendo uma realização porque nós fomos para as ruas e fomos na comunidade dizer que estávamos precisando fazer algo e um era os estúdios, reformar esses estúdios aqui”, disse.
“Porque além de ser uma ferramenta educativa, inclusiva, é um modo de ver para eles. A música é um modo de ver para todas as pessoas, mas para o deficiente visual é maior ainda porque é onde ele exercita o tato e o teto da sensibilidade e é onde eles fazem um contato com a alma e a gente passa a enxergar como eles”, afirmou.
“Essa felicidade que tem todos esses meninos que estão aqui são ensinamentos de que a gente as vezes passa por momentos que não são tão difíceis como nós vemos aqui”, concluiu Brown.
https://twitter.com/iBahia/status/1534274112054493185
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Lucas Mascarenhas
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