Das 12 bases comunitárias para 2012, metade ficará para 2013

A promessa do governo estadual era implantar 12 Bases Comunitárias de Segurança (BCS) este ano. Apenas a metade, porém, foi inaugurada — a última delas ontem, em Vitória da Conquista, no bairro Nova Cidade. As outras seis ficarão para 2013, apesar das seguidas promessas da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de que o cronograma seria cumprido.Ontem, durante a inauguração da base em Vitória da Conquista, o governador Jaques Wagner deixou claro que esta foi a última colocada em funcionamento este ano. “Estamos fechando mais um ciclo. Ano que vem iremos instalar em outros lugares que também necessitam de mais segurança”. Das 12 bases previstas no cronograma de 2012, uma foi inaugurada em agosto (Itinga, Lauro de Freitas), quatro em setembro, antes das eleições municipais (Rio Sena, Bairro da Paz, Feira de Santana e Itabuna) e uma ontem. Ficaram fora as bases de Engomadeira, São Caetano e Uruguai, em Salvador, e dos municípios de Barreiras, Porto Seguro e Camaçari. O CORREIO procurou saber por que houve quatro inaugurações em setembro, num período de 15 dias, e apenas uma depois disso, mas a assessoria do governador disse que apenas a SSP responderia sobre as questões relacionadas às BCS. A base de Conquista foi inaugurada ontem de forma provisória, assim como as quatro de setembro, com um efetivo de 80 policiais. O coordenador das bases comunitárias, Zeliomar Almeida, revelou que apenas uma das que trabalham em estruturas provisórias devem se tornar definitivas em 2012. “A base do Bairro da Paz deve ser substituída até o final deste ano. As obras estão em andamento. Já no Rio Sena, a empresa contratada ainda não começou a obra”, disse. Para Feira de Santana e Itabuna, Almeida afirmou que a construção dos postos fixos está em processo licitatório. “O importante é ter perseverança. Esse serviço de segurança busca a excelência de serviços”, concluiu Almeida. promessas Em julho, o CORREIO publicou reportagem em que, questionado justamente sobre o cronograma apertado, o coronel Zeliomar Almeida garantiu todos os equipamentos até o dia 31 de dezembro. “As 12 bases estão projetadas e estão em andamento. Até o final do ano, vamos conseguir”, afirmou, na época. Ele argumenta agora que o cronograma não foi cumprido devido a problemas nas licitações, como no caso da Engomadeira. “Três vezes licitamos e deu licitação deserta (sem empresa interessada). O local para a instalação da base fixa nesse bairro requer uma obra maior, com pilares mais profundos. A empresa avalia o custo-benefício”, disse. Segundo Almeida, cogitou-se a possibilidade da instalação de uma unidade provisória, mas a ideia não avançou. “Não encontramos espaço”, garantiu. Novo cronogramaO coordenador diz que, para o ano que vem, a prioridade é a inauguração das bases de Porto Seguro e Camaçari. “As obras estão em andamento e devem levar mais de um mês para serem concluídas. A estimativa é que sejam entregues em janeiro, com uma pequena diferença temporal”, afirmou Almeida. O coronel pondera, inclusive, que serão revistas as quantidades das bases previstas na implantação do projeto. “A previsão total era de 34 bases até 2014, mas teremos que rever isso após as instalações das que faltam”. Outra unidade que está com as obras em fase final é a de São Caetano. “A obra também está em andamento, mas faltam serviços como revestimento, acabamento interno e pintura”, explicou Almeida. No Uruguai, apesar de a empresa que executará a obra já ter sido contratada, a construção da base ainda não começou. “Era para ter começado, porque já contratamos a empresa. Estamos cobrando para que o serviço comece”, observou o coronel Das bases que só passarão a funcionar no ano que vem, de acordo com o coordenador, a situação mais crítica é a de Barreiras. “Ainda estamos em fase de licitação e não temos como definir quando a base será inaugurada”, disse. Atualmente, a Bahia tem 11 bases: além das seis deste ano, há unidades no Calabar, três no complexo do Nordeste e uma em Fazenda Coutos. Matéria original Correio 24h Das 12 bases comunitárias previstas para 2012, metade fica para 2013