Desarticula quadrilha responsável por 40 mortes em Salvador

A Polícia Civil apresentou, na tarde desta segunda-feira (31), na sede do Departamento de Homicídios(DHPP), os integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas responsável por cerca de 40 homicídios em Salvador. O bando atuava no bairro do Lobato, nas localidades do Corre Morre, Linha do Trem, Prainha e Fundão.Maurício de Almeida Silva, o “Da Lata”, 23, Graziela Oliveira de Araújo, a “Dinda Sapatão",25, Vítor Brito Gonçalves, 22, Wagner Brito Gonçalves, o Cacique, 25, foram presos em suas casas durante a operação, deflagrada às 4h da sexta-feira(28), no Lobato.Junto aos criminosos foi encontrado um revólver calibre 32, cocaína, uma balança de precisão e embalagens para acondicionar drogas.O líder do grupo, Dilson da Paz dos Santos, o “Renato Químico” e seu braço direito, Flanderson Conceição Oliveira, o “Alan Pezão”, conseguiram fugir. Matheus Oliveira de Jesus, 18 e Diogo Francisco Ribeiro dos Santos, 24, que cometiam assaltos no bairro, foram surpreendidos e detidos durante a ação da polícia. O envolvimento deles com a quadrilha está sendo investigado.Segundo o delegado Guilherme Machado, da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), os criminosos são remanescentes de uma quadrilha que também atuava no Lobato e foi desarticulada pela polícia em agosto de 2014. Na época, 13 pessoas foram presas, inclusive o líder, George Alberto de Oliveira.“As investigações tiveram início há cerca de um ano e terão continuidade. A segunda etapa vai identificar outras 30 pessoas do grupo. A polícia não vai descansar enquanto não prender todos os elementos”, afirmou Machado.A delegada Mariana Ouais, do DHPP, informou que apesar do bando ser responsável por mais de 40 homicídios, as investigações partiram de 22 inquéritos. “A motivação dos assassinatos, em geral, estava ligada à disputa pelo tráfico”, disse Ouais. “Com as investigações, mais de 10 homicídios já foram elucidados”, completou.A polícia expediu 16 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão pela Operação, intitulada “Químico II”. A ação contou com a participação do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Coordenação de Operações Especiais(COE/PC) e da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPA/PM).