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Em assembleia, policiais militares decidem manter greve

A greve de PMs na Bahia completa 12 dias neste sábado (11)

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10/02/2012 às 19:45 • Atualizada em 09/09/2022 às 18:26 - há XX semanas
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Mais um capítulo da greve de PMs na Bahia. Os policiais militares de três associações (APPM, Aspra e Associação de Sargentos e Sub-tenentes de Polícia Militar) decidiram continuar a paralisação de PMs no estado, mesmo após o comandante geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, anunciar que a greve da policiais e bombeiros militares terminou. A decisão foi tomada em assembleia realizada no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, no Largo dos Aflitos, iniciada às 18h, desta sexta-feira (10). Uma nova assembleia está marcada para este sábado (10), às 16h, no mesmo local. O grande entrave das negociações está relacionado ao pagamento da Gratificação por Atividade Policial IV (GAP IV) e às prisões de 12 policiais militares decretadas pela Justiça baiana. Os PMs em greve reivindicam o pagamento imediato da GAP IV e a revogação das prisões. O Governo, entretanto, já suspendeu as negociações e propõe iniciar o pagamento da GAP IV apenas em novembro e de forma escalonada. Além disso, os policiais desejam que o pagamento da GAP V seja feita no máximo até 2013, enquanto o Governo apresenta a proposta de pagar até 2015. O Governo também propõe aumento de 6,5% da remuneração retroativo ao mês de janeiro deste ano. Em resposta ao anúncio do fim da greve pelo comandante geral da PM, o porta-voz dos policiais militares grevistas disse nesta sexta-feira que a greve de PMs ainda não terminou. “A polícia ainda não retornou. É simples. Quem para é a categoria, e quem decide voltar também é a categoria. Queremos agora que haja uma conversa com o comandante-geral, que a tropa possa ouvir a proposta dele, porque esta proposta de não anistiar os policiais pode ser um novo estopim”, afirmou. PuniçõesEm uma coletiva realizada no final da manhã desta sexta, o coronel Alfredo Castro, comandante geral da Polícia Militar, afirmou que os PMs que não se apresentassem até o meio dia desta sexta-feira sofreriam descontos na folha de pagamento pelos dias não trabalhados e também poderiam sofrer processo administrativo disciplinar. O coronel informou também que até às 9h desta data, cerca de 85% do efetivo fazia o policiamento das ruas e que o retorno das atividades deverá ser normalizado gradativamente nos próximos dias. ApuraçõesNesta sexta-feira (10), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitou as gravações telefônicas da greve de PMs na Bahia ao governador Jaques Wagner. O objetivo é apurar se quem detém foro privilegiado teve conduta ilegal, como o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), presidente da comissão que analisa a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300, que diz respeito à criação de um piso nacional para PMs e bombeiros, informou a Agência Brasil. As gravações também foram requisitadas pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) ao Ministério Público do Estado da Bahia. Além disso, o MPF/BA pediu nesta sexta-feira a abertura de inquérito policial, como o intuito de investigar os atentados contra à segurança nacional e a ordem política e social cometidos durante a greve parcial de policiais militares no estado. ViolênciaNesta quinta-feira (9), o número de homicídios chegou a 156 na capital e Região Metropolitana de Salvador desde o começo da paralisação dos policiais militares. Este número representa um crescimento de 178% em relação aos nove dias que antecederam o motim (22 a 29 de janeiro), nos quais foram registrados 56 homicídios.

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