Um empresário do setor do agronegócio confessou em um áudio ter orientado funcionárias, no oeste da Bahia, a colocarem o celular no sutiã para filmar o voto.
O caso do suposto caso de assédio eleitoral é investigado do Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA). O órgão instaurou inquérito na segunda-feira (17) e deu dois dias para manifestação da defesa do ruralista.
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O ruralista Adelar Eloi Lutz afirma em um texto do áudio, divulgado pelo g1, que "tinham cinco [funcionários que não concordavam], dois voltaram atrás. Das outras 10 que estavam ajudando na rua, todos tiveram que provar, filmaram nas eleições. Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja, vai filmar, se não, rua".
O empresário ainda diz que duas funcionárias, que não aceitaram a imposição, o procuraram para dizer que vão filmar os votos no segundo turno.
Nas redes sociais, o suspeito falou sobre os áudios e disse que mandou para várias pessoas, mas não sabe "como foi parar em outros lugares". "Jamais ia fazer isso [demitir alguém]", afirmou.
Assédio eleitoral
Esse é o segundo caso com provas que o MPT investiga nessas eleições de 2022 no oeste da Bahia. O órgão reforça que a região é conhecida "pela forte atividade de produção de commodities agrícolas e que concentra grandes propriedades rurais e alta produção de grãos".
Outros seis de assédio eleitoral na Bahia estão sob análise do MPT. No estado, o órgão recebeu nove denúncias desta natureza. No país esse número atingiu na terça-feira (18) a marca de 419 casos, num volume muito maior do que na última eleição presidencial, que ficou em 212, sendo que o número de casos ainda está crescendo.
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Redação iBahia
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