Em protesto contra o impasse na adoção de um plano de saúde por parte da empresas de ônibus, os rodoviários de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, suspenderam a cobrança de passagem dos usuários que circularam pela região central da cidade nesta quarta-feira (4). De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, somente 50% da frota está em circulação devido a uma liminar expedida pela Justiça. "Os donos das empresas de ônibus entraram com ação judicial para que o serviço não parasse totalmente. Nós fomos às ruas, mas determinamos a 'catraca livre'", contou Rildo Gomes, diretor de comunicação do sindicato. Ainda de acordo com ele, no início da manhã desta quarta-feira (4), os rodoviários fizeram uma paralisação e, desde a retomada das atividades, eles têm deixado os usuários entrarem pela traseira dos ônibus, sem pagar. A medida afeta principalmente os ônibus que circulam pelo Terminal Rodoviário Lauro de Freitas, no centro da cidade.
O sindicato estima que metade dos ônibus que estão em circulação hoje estejam com a "catraca-livre". "Alguns rodoviários se negaram a adotar a estratégia, com medo da retaliação das empresas. A grande maioria, no entanto, aderiu ao movimento", avaliou. Ainda de acordo com Gomes, um acordo foi feito com os empresários na data-base de 2014 para que eles assumissem 50% dos custos relativos aos planos de saúde. Em janeiro deste ano, quando o acordo deveria ser implantado, os empresários teriam se negado e arcado apenas com 10% dos custos - os outros 90% seriam de responsabilidade do trabalhador. Na noite da última segunda-feira (2), os rodoviários recolheram 100% dos ônibus, deixando a cidade sem transporte. Vitória da Conquista conta com cerca de 170 ônibus e 850 rodoviários, contratados pelas viações Vitória e Cidade Verde.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, somente 50% da frota está em circulação devido a uma liminar expedida pela Justiça |
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