Uma área de preservação ambiental da Bahia acumula a impressionante marca de 557 espécies de animais silvestres abrigados, segundo apontou um estudo divulgado nesta sexta-feira (3) pela empresa que administra o espaço.
De acordo com a Bracell, os dados fazem parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade para Conservação da Fauna e Flora, que é realizado pela empresa desde 2016, e contabiliza números registrados até o ano passado.
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Conforme as informações, somente em 2022, das 277 espécies observadas, cerca de 20 ainda não tinham sido encontradas nos 7 anos anteriores de monitoramento nas propriedades da área.
Do total de espécies catalogadas de 2016 o ano passado, 24 são consideradas ameaçadas de extinção, 74 endêmicas (que ocorrem só na região) e cinco apresentam importância médica.
“Entre as espécies mais importantes registradas no ano passado estão o Leopardus wiedii (gato-maracajá), considerado vulnerável, segundo o Ministério do Meio Ambiente, e quase ameaçado, de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Ele foi observado no Projeto Cachoeira, no município de Entre Rios; e a Vitrorana baliomma (perereca-de-vidro), espécie rara endêmica da Mata Atlântica, avistada na Fazenda Jaboticaba, em Jandaíra”, explica o biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell.
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Ele acrescentou ainda que a empresa registrou, no Projeto Bonfim, em Inhambupe, a presença da Neothraupis fasciata (cigarra-do-campo), quase ameaçada de extinção. Por ser uma pesquisa de longo prazo, após anos de coleta, os novos registros tendem a ser de espécies de relevância por sua raridade, endemismo ou grau de ameaça.
Além de contabilizar as espécies, o Programa de Monitoramento da Biodiversidade para Conservação da Fauna e Flora avalia os reflexos das operações florestais na biodiversidade.
Por meio de pesquisas de campo e análises de dados sobre a fauna e a flora silvestres em suas áreas, a empresa aprimora as técnicas de manejo florestal, ampliando a contribuição dos plantios de eucalipto para a conservação dos biomas locais e executando ações ambientais e educativas com vistas à preservação das espécies.
O monitoramento é feito em duas etapas, entre os meses de março e dezembro, sendo uma na época chuvosa e outra durante o período de estiagem.
Os trabalhos contam com a participação de três pesquisadores e são realizados nos horários crepusculares – no nascer e pôr-do-sol – e à noite. Desde 2018, os trabalhos são concentrados em oito áreas da empresa localizadas em seis municípios do litoral norte do estado e agreste baiano.
As pesquisas de campo são feitas com equipamentos como armadilhas fotográficas, caixas de som e gravadores com microfones direcionais. Utilizando estas e outras técnicas, em 2022, foram mais de 600 horas de amostragem de dados em campo.
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Redação iBahia
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