Onze pessoas da mesma família, que trabalhavam em situação análogas à escravidão, foram encontradas em uma ação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da União (DPU). As vítimas estavam na zona rural do município de Santa Inês, no Vale do Jiquiriça, na Bahia.
De acordo com a Superintendência do Trabalho, além das 11 resgatadas, outras oito, também da mesma família - incluindo crianças - foram resgatadas. O grupo estava em um alojamento precário há 30 dias, com alimentação improvisada, péssimas condições de higiene e conforto, e sem acesso a água corrente.
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A Superintendência do Trabalho informou também que o grupo não podia ir à cidade para comprar os alimentos. Por isso, fazia notas para o empregador, que abateria esses valores dos salários. No entanto, os trabalhadores não tinham acesso ao dinheiro pelos quais eles pagavam os alimentos.
A família é natural do município de Capim Grosso, no norte da Bahia e viajou até Santa Inês, cidade que fica a mais de 300 quilômetros de distância, por causa do emprego.
Grupo trabalhava com gado
Os onze resgatados eram responsáveis pelo trabalho roceiro, com cuidados com o gado, mas sem condições seguras. Eles chegaram a aplicar venenos em animais sem o material necessário, apenas com uma garrafa perfurada.
Baseado no cálculo do empregador, que não foi divulgado, os trabalhadores foram expulsos do local ainda com débitos durante a estadia. Eles foram encontrados na estrada, após andar cerca de 20 quilômetros.
O resgate foi feito por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho, que fizeram a inspeção do local na fazenda acompanhados de uma procuradora do trabalho, um procurador da Defensoria Pública da União (DPU) e uma assistente social da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, além de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Redação iBahia
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