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Governo de AL apura uso de carro dos bombeiros por pastores na Bahia

Grupo de religiosos viajou de Maceió para Porto Seguro em junho deste ano

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12/07/2011 às 12:58 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:23 - há XX semanas
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Conselho Estadual de Segurança Pública de Alagoas protocolou, nesta terça-feira (12), um pedido para que a corregedoria do Corpo de Bombeiros em Maceió apure o uso de uma van da corporação para o transporte de um grupo 12 de pastores de uma congregação da Igreja Batista de Maceió, entre os dias 6 e 10 de junho deste ano. Eles viajaram com um militar para participar de um congresso em Porto Seguro (BA). O objetivo da medida é apurar se houve ilegalidade no empréstimo do carro dos bombeiros. Segundo a corporação, o pedido para uso do veículo foi feito por um pastor, que coincidentemente é promotor de Justiça em Maceió, ao comandante do Corpo de Bombeiros de Alagoas, Neitônio Freitas dos Santos, que também é pastor da mesma congregação. O pedido foi registrado no Boletim Geral Ostensivo, que publica todos os atos administrativos da corporação nos murais dos quartéis e na intranet dos bombeiros. "Isso mostra que não houve ilegalidade. Se tivesse havido, isso teria sido publicado para todos saberem? O Corpo de Bombeiros é laico. Trata-se de uma ação social. Assim como o carro foi emprestado para evangélicos, já foi emprestado para o transporte da imagem de uma santa de Marechal Deodoro para Maceió", disse o coronel Paulo Marques, chefe da comunicação social dos bombeiros. Cidade baiana e profana Marques informou ainda que o grupo de religiosos foi participar de um congresso na cidade baiana e que seriam multiplicadores do conteúdo do evento em suas igrejas em Alagoas. "É uma ação social e o conceito de uma ação social é todo trabalho que você faz para atender a uma comunidade, independentemente do resultado imediato. O carro usado na viagem não é operacional, é destinado a transporte, tanto de cidadãos como do efetivo", disse Marques. Ele citou como exemplo o uso do mesmo carro dos bombeiros em feiras de ciências escolares, que tratam do tema relacionado à corporação, como também do transporte de músicos da banda da corporação. "Os bombeiros não podem servir a igreja católica, a igreja espírita ou a igreja evangélica, nós atendemos a todos. Algumas pessoas estão falando que os pastores foram a uma cidade profana, Porto Seguro. Mas isso é uma visão equivocada. Não temos registros de que os pastores deixaram de ir ao congresso e foram para a praia, por exemplo", disse Marques. Reestruturação Para o coronel, a polêmica veio à tona pela recente dificuldade que a corporação enfrentou com falta de equipamentos e viaturas para atuar em Maceió. Em abril deste ano, o major Carlos Burity foi preso por determinação da Secretaria de Estado da Defesa Social, após reclamar em público da falta de estrutura durante o combate a um incêndio que atingiu o Pavilhão do Artesanato, na praia de Pajuçara, naquela ocasião. "Depois desse caso, por exemplo, a corporação já comprou quatro caminhões de bombeiros de combate a incêndio, recuperamos um caminhão, adaptamos dois outros caminhões apreendidos pela Polícia Federal e compramos outras três caminhonetes. Também adquirimos cerca de 150 Equipamentos de Proteção Individual. O que não pode ser relacionado é o uso da van, que é destinada ao transporte de pessas, das viaturas de comabte ao incêndio", afirmou Marques. O aparato, segundo a corporação, foi comprado com recursos originários da Taxa de Bombeiro, que é cobrada junto com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mas o montante usado na compra não foi divulgado. Revisão de conduta O comando do Corpo de Bombeiros, independentemente da apuração que possa vir a ser feita pela corregedoria da corporação, pretende rever a conduta de empréstimo de carros para fins de ação social com resultados indiretos, como é o caso da participação dos pastores no congresso. "Pode ter parecido imoral, mas não foi ilegal. O Corpo de Bombeiros é da sociedade e, se o povo entendeu que foi errado vamos rever esse atendimento. Quem rege a corporação é o povo. O intuito do trabalho realizado foi direcionado a um grupo grande de evangélicos, como religião. Não somos arbitrários. Se a a sociedade não quer mais isso, nós não faremos. A corporação está aberta ao cidadão que quiser mais informações sobre o caso", disse Marques. As informações são do G1.

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