Um hospital de Salvador realizou um implante auditivo inédito na Bahia, o implante coclear com tecnologia da Cochlear, uma das mais conceituadas no mundo e que vem se tornando cada vez mais acessível no Brasil.
Um dispositivo interligado a um discreto aparelho externo (processador de fala) é implantado na cóclea, permitindo a emissão de estímulos elétricos que proporcionam ao paciente a recuperação das sensações sonoras. O implante é feito a partir de uma intervenção cirúrgica minimamente invasiva, necessitando de apenas um dia de internação, e envolve uma equipe médica formada por otorrino, fonoaudiólogo e anestesista.
A paciente que recebeu o implante coclear e o mais novo processador de fala Kanso 2 tem 44 anos, e apresentava, há muitos anos, perda auditiva profunda em ambos ouvidos, comprometendo severamente a sua capacidade de ouvir, até mesmo a sua própria voz. Dr. José Andrade, médico Otorrino no Hospital São Rafael, explica que para identificar um potencial receptor para um implante coclear, são realizados testes audiológicos de ganho funcional e de performance da fala.
Impactos emocionais e cognitivos da surdez
O especialista alerta sobre a importância de procurar ajuda médica em caso de perda auditiva parcial ou total. “Existe muita resistência e preconceito envolvidos, mas viver sem ouvir é algo que tem grande impacto cognitivo e emocional. Há estudos que correlacionam a surdez a depressão e a demências, dentre elas, doença de Alzheimer”, destaca Dr. Andrade.
Um implante coclear pode ser feito em pacientes de qualquer idade, necessitando uma avaliação precisa e individualizada. Em crianças que nunca ouviram, o implante deve ser feito, idealmente, entre 1 e 2 anos de vida, melhor período para estimulação cerebral da linguagem.
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Redação iBahia
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