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Jovem sem registros civis recebe primeira dose contra Covid-19

Celiane Nery foi vacinada nesta sexta-feira (18), após prefeitura de Feira de Santana autorizar imunização

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Redação iBahia

18/02/2022 às 19:37 • Atualizada em 31/08/2022 às 4:06 - há XX semanas
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Foto: Reprodução/TV Subaé

Nesta sexta-feira (18), a jovem Celiane Nery que não tinha conseguido se vacinar contra Covid-19 por falta de registro civis, recebeu a primeira dose da imunização. A prefeitura de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, autorizou a vacinação.

Com segunda dose prevista para 18 de abril, Celiane contou que conseguiu abrir "mais uma porta".

"Estou me sentindo muito alegre, não dá para explicar. Consegui abrir mais uma porta e espero conseguir ainda mais", celebrou em entrevista a TV Subaé.

Celiane deveria ter sido vacinada no terceiro trimestre de 2021, mas não conseguiu receber a primeira dose por não ter os documentos pessoais, como CPF e RG, exigidos para receber o imunizante.

Segundo o g1 Bahia, a vacinação da jovem só foi possível por conta de uma recomendação do Ministério Público (MP-BA) para o município de Feira de Santana. O pedido recomenda que todas as pessoas em situação de vulnerabilidade fossem imunizadas, incluindo as que não possuem registros civis.

A mãe adotiva de Celiane, Janete Cruz, comemorou a primeira dose da filha e disse que o próximo passor é conseguir os documentos da jovem.

"Eu creio que, em breve, vamos mostrar [o registro] e agradecer a todos pelo apoio", afirmou.

Segundo Janete, a jovem nunca teve documentos. Ela foi abandonada pela mãe biológica quando era criança e chegou a viver em um orfanato. Quanto o local fechou, ela passou a morar com um tio.

Janete levou Celiane para viver com ela quando a menina tinha 12 anos, mas até hoje não conseguiu adotá-la por causa da falta dos documentos.

Mesmo vacinada, Celiane ainda não tem direitos a atendimentos em postos de saúde, continuidade dos estudos em escola, e até mesmo cursar uma faculdade.

De acordo com a mãe da menina, a Defensoria Pública entrou em contato com a família e agendou um atendimento para ajudá-la no registro de Celiane. O encontro está marcado apenas para o mês de abril.

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