A Justiça marcou o júri popular do caso da fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, de 36 anos, que foi esfaqueada 68 vezes em um ataque a mando do então namorado. A audiência será realizada na próxima segunda-feira (8), às 8h, no Fórum Ruy Barbosa, localizado no bairro de Nazaré, em Salvador.
A informação foi confirmada ao g1 nesta segunda (1°) pelo advogado criminalista Levy Moscovits, que representa a vítima. O crime ocorreu em fevereiro de 2019, mais de 3 anos atrás. Na época, a fisioterapeuta precisou se fingir de morta para escapar.
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O namorado da vítima na época, identificado como Fábio Barbosa Vieira, foi preso no mesmo dia por suspeita de ser o mandante do crime. Já em 14 de março, foram presos Alex Pereira dos Santos e Adriano Santos de Jesus suspeitos de esfaquearem a fisioterapeuta.
De acordo com a defesa da vítima, o júri popular previsto para a semana que vem é a última fase do processo no qual os réus serão submetidos ao julgamento. Depois, após manifestação da defesa e da acusação, será decidida a pena dos acusados do crime,
O advogado contou que a expectativa de Isabela Conde é de que o caso sirva “de exemplo de punição para os demais agressores e praticantes de violência contra a mulher”.
Relembre o caso
Isabela Oliveira Conde foi golpeada com 68 facadas e perdeu a visão de um dos olhos após o ataque. De acordo com a vítima, o então namorado Fábio Vieira foi pegá-la no trabalho com dois homens no carro e disse que eram amigos dele.
Quando o veículo passava pela Avenida Bonocô, uma das principais da capital baiana, os homens começaram a bater e esfaquear Isabela. Na época, a vítima relembrou o caso em entrevista à equipe da TV Bahia.
"Recebi um mata-leão dentro do carro mesmo. Eu perguntei: 'Fábio, o que está acontecendo?' Achei que os dois homens que estavam atrás tinham se revoltado e queriam me assaltar. Quando consegui folgar um pouco o braço [do homem], olhei para o lado e vi aquele homem frio, Fábio, dirigindo o carro tranquilamente. Eu falei: 'Fábio, me ajude'. E ele disse: 'Você vai morrer'", relatou.
Isabela relembrou ainda que precisou se fingir de morta para sobreviver. Convencidos de que a fisioterapeuta estava morta, os homens a jogaram em uma área de mata da BR-324, no trecho do município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador. Ela foi socorrida por pessoas que passavam pelo local e levada para o Hospital do Subúrbio, na capital baiana.
Ainda em 2019, Adriano Santos de Jesus foi liberado pela polícia com a justificativa de que foi apurado que ele não havia participado da tentativa de feminicídio. Os outros dois seguem presos.
Levy e Isabela aguardam a identificação e prisão do terceiro envolvido no crime. "Agora cabe à Polícia Civil seguir nas investigações apontar o terceiro elemento", disse o advogado.
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Redação iBahia
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