A Justiça ordenou que a prefeitura de Brumado, no sudoeste baiano, embargue as obras em uma área pertecente à Sociedade Floresta Sagrada Alto de Xangô e ao Centro Cultural Candomblé Alto de Xangô, localizados na fazenda Santo Inês. A decisão, tomada na quarta-feira (13), atende um recurso do Centro Cultural Alto de Xangô que teve apoio do Ministério Público Federal (MPF) na Bahia.
Com isso, a prefeitura deve impedir a continuidade das obras e remover objetos e equipamentos usados para construção irregulares na área considerada de posse da união. A medida ainda determina que, no prazo de cinco dias, sejam afixadas placas no território com a informação de que as obras estão embargadas.
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Ataques
Os locais estão sendo alvos de violências, furtos e destruição de objetos e ambientes sagrados. A denúncia foi feita pelo sacerdote de matriz africana Pai Dionata de Xangô, responsável pelo local, que buscou a delegacia de Bruma duas vezes na primeira semana de julho para registrar as ocorrências.
O terreiro é alvo de uma disputa judicial inicada em 2015, quando um empresário passou a reivindicar a posse do terreno, além de negociar a venda para a construção de um loteamento de moradias. O local fica em uma área da União, mas a associação tem uma liminar para se manter no local.
De acordo com o líder religioso, os ataques ocorrem há anos, mas desde o final de junho de 2022, eles têm se intensificado. Itens como imagens de orixás, considerados sagrados, foram roubados ou danificados.
De acordo com a Polícia Civil de Brumado, as investigações baseadas em imagens e provas indicam que trata-se de um crime de intolerância religiosa.
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Redação iBahia
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