Desde que a greve de PMs começou, no dia 31 de janeiro, o comércio foi um dos setores mais afetados pelos saques e arrastões realizados em toda a Bahia. Com tantos transtornos, a orientação do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas) é de que aquele comerciante que teve o seu patrimônio violado em função da paralisação e teve prejuízos por ter que fechar seu estabelecimento por conta da insegurança procure, inicialmente, uma delegacia e faça o registro de ocorrência policial.
Depois de ter o Boletim de Ocorrência em mãos, o Sindilojas aconselha os lojistas a procurar a assessoria jurídica do Sindicato para que obtenha orientação necessária para promover uma ação competente contra o Estado, no intuito de ter seus danos e prejuízos recuperados. O desejo, segundo o presidente do Sindilojas, Paulo Motta, é que “o Estado indenize os lojistas em função de sua responsabilidade de manter a ordem no estado”. Motta afirma que o Estado deve garantir a tranquilidade e o funcionamento normal da Bahia, para que o consumidor frequente os estabelecimentos e para que os funcionários também possam voltar tranquilos para casa. “Estamos vivendo uma situação de apreensão permanente”, lamenta. Quanto à uma possível ação judicial conjunta entre diversas associações do comércio contra o Estado, Paulo Motta afirma que desconhece este fato e que o Sindilojas não está participando de uma ação deste tipo. PrejuízosDe acordo com Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), desde o dia 31 de janeiro até o último domingo, dia 5 de fevereiro, é estimado um prejuízo de mais de R$ 200 milhões e queda de 80% do movimento econômico em todo a Bahia. Além disso, desde segunda-feira (6) até esta quarta-feira (8), o quadro apresenta-se semelhante, com tendência também de queda de 80% do movimento econômico. O presidente do Sindilojas também lamenta as perdas justamente neste período. Segundo Motta, há boas expectativas de vendas para o comércio varejista na primeira quinzena de fevereiro, mas a primeira semana foi de muitas perdas e a segunda semana já entra com prejuízos. O sindicato representa 45 mil lojas na Bahia e reúne 255 mil trabalhadores. Somente em Salvador, são 12 mil lojas e aproximadamente 105 mil trabalhadores. Segundo Motta, o Sindilojas representa praticamente todo o comércio varejista baiano, com exceção do setor de automóveis, gêneros alimentícios e farmácias.
Diversos estabelecimentos foram saqueados durante a paralisação de PMs em toda a Bahia |
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