Milhares de manifestantes foram às ruas nesta quarta-feira (16) protestar contra o pedido de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff e pela saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O protesto, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), partiu do Campo Grande em direção à Praça Castro Alves por volta das 16h. A manifestação chegou cerca de 1h30 depois."É uma caminhada pela democracia", afirmou a dirigente nacional da CUT, Elisângela Araújo. "Lutamos para dizer não à ditadura. Não vamos permitir o golpe. Cunha não tem decência para comandar o Congresso", criticou.
A economista aposentada Gardênia Machado, 74, lamentou o atual momento do Brasil. "Vim lutar pela democracia. Os fundamentalistas estão avançando absurdamente no país", diz ela, que foi ao protesto acompanhada da irmã Margarida Machado, 72. "Todo presidente que se voltou para os pobres foi derrubado. Aconteceu com Getúlio e João Goulart", diz Margarida.Manifestantes também aproveitaram para protestar contra a PL 5069/2013, que torna crime ajudar mulheres a abortar, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados em outubro. "Estamos aqui representando a causa LGBT. Gay não é só Parada Gay, botar shortinho. Gay é parte mulher, mexeu na mulher, mexe com a gente também. Fora Cunha. Fica, Dilma", afirmou a autônoma Rayza William's, 24.Segundo a organização do evento, de 25 a 30 mil compareceram ao protesto. Número similar é apontado pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), que indica 30 mil presentes. Já a Polícia Militar aponta 4 mil manifestantes no protesto.Os protestos aconteceram em várias cidades do Brasil, em resposta às manifestações do domingo.* Com informações da repórter Luana Amaral
Grupo saiu do Campo Grande para Praça Castro Alves (Foto: Almiro Lopes/CORREIO) |
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