Maqueila Santos Bastos, anteriormente investigada pela morte do empresário dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrada morta no município de Canarana, interior da Bahia. A informação foi divulgada pela Polícia Civil da Bahia.
Em nota, a corporação informou que o crime aconteceu na madrugada de quinta-feira (11) e que o corpo da vítima estava em uma estrada vicinal que dá acesso ao povoado de Baixa do Vigário. Maqueila, de 32 anos, estava com as mãos amarradas e junto ao corpo foi localizado cartuchos de munição calibre 12, ponto 380 e ponto 40.
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Ainda segundo a PC, informações preliminares apontam que a mulher estava há poucos dias no povoado de Capivara, na zona rural. A autoria do crime ainda é desconhecida. O caso está sendo investigado pela Delegacia Territorial da região.
Quem é Maqueila?
Maqueila foi indiciada por participação na morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, também na Bahia. O envolvimento, no entanto, foi descartado em fevereiro deste ano, quando o laudo pericial apontou que Leandro cometeu suicídio.a f
A Polícia Civil nunca soube precisar a quantidade de inquéritos de estelionato a que ela respondia. No entanto, em março de 2022, delegada Francineide Moura revelou que a baiana fez muitas vítimas.
"Eu fiz um procedimento em 2020, ela tinha alugado um carro e não tinha devolvido. Depois nós descobrimos antecipações, por exemplo, um macbook que ela teria comprado e não fez o pagamento, compras de celulares. Não foi uma queixa nem duas, apareceram várias denúncias contra Maqueila na delegacia”, disse à época.
A suspeita respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley da Silva Figueiredo, esposa de Leandro, durante a prisão em 2021. Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido, a qual o empresário era dono.
Entenda o caso ‘Paraíso Perdido‘
A Pousada Paraíso Perdido, localizada na cidade de Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, foi marcada pela morte de Leandro Troesch, dono do estabelecimento, no dia 25 de fevereiro de 2022. Ele foi encontrado com uma marca de disparo de arma de fogo em um dos quartos da pousada. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001.
No ano passado, ele estava em prisão domiciliar na pousada. Shirley disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, o braço direito do empresário, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, foi morto a tiros e facadas. Ele era testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido novamente um dia depois de ser assassinado. O delegado disse também que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado.
O MP devolveu para a Polícia Civil o inquérito da morte do empresário Leandro Troesch e pediu mais investigações no dia 20 de abril, um dia após o documento ser enviado para o órgão.
A viúva de Leandro está sendo investigada pela morte do marido, assim como a amiga Maqueila Bastos. Ambas foram indiciadas por envolvimento no assassinato, e, Maqueila chegou a ser presa em março, em Sergipe. Ela foi solta no dia 22 de abril, devido a não autorização da prisão pela Justiça. Segundo Maqueila, ela e Shirley tiveram uma relação amorosa.
Shriley foi presa no dia 9 de maio, na zona rural de Iaçu, cerca de 280 km de Salvador e transferida para a capital baiana na tarde do mesmo dia. Após audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão dela e ela segue à disposição da Justiça. Em fevereiro de 2023, o laudo do exame pericial apontou que Leandro Troesch cometeu suicídio. No momento, Shriley mantém a prisão com tornozeleira eletrônica.
Redação iBahia
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