Depois de uma intensa campanha nas rede sociais, a famosa Marcha das Vadias aconteceu ontem, sábado (8), em Itabuna, a 426Km de Salvador. Reunindo ativistas de diversos movimentos sociais da região, o protesto levou para as ruas da cidade as discussões sobre o combate à violência contra a mulher. Segundo as estatísticas da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) do município, foram contabilizados, somente em 2011, 1.305 casos de violência contra mulheres. Desses 435 casos se referem a ameaça e 394 a lesão corporal. “O movimento se faz necessário na medida em que a sociedade precisa ser provocada a repensar os seus valores e práticas. A estratégia da provocação encontra ancoragem na re-apropriação do termo 'vadia', palavra não neutra utilizada costumeiramente para imputar negatividade(s) à conduta feminina”, afirmava o manifesto divulgado pelo grupo.
Manifestação mundial No mês de janeiro desse ano, foram registrados diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto, no Canadá. Na ocasião, o policial Michael Sanguinetti afirmou publicamente que as mulheres deveriam evitar se vestir como putas, para não serem vítimas desse tipo de violência. Em repúdio às declarações, foi realizado um protesto na cidade com a participação de mais de 3 mil ativistas. Depois do episódio, o movimento cresceu e passou a ser realizado mundialmente. No Brasil, a Marcha já ocorreu em São Paulo, Recife, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e Brasília. Durante o protesto, as mulheres costumam usar blusas transparentes, saias, lingerie, salto alto, sutiã e, nos casos mais radicais, fazem topless.
Somente em 2011, foram registradas 1.305 casos de violência contra mulheres na cidade |
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