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Maria Bethânia completa 77 anos; relembre trajetória

Cantora, compositora e poetisa, artista construiu carreira gigantesca e se tornou ícone da MPB

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Redação iBahia

18/06/2023 às 7:00 - há XX semanas
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					Maria Bethânia completa 77 anos; relembre trajetória
Foto: Felipe Souto Maior/AgNews

Conhecida como Abelha Rainha da Música Popular Brasileira (MPB), por causa da grande contribuição para o seguimento, a cantora, compositora e poetisa Maria Bethânia completa 77 anos neste domingo (18). Em homenagem ao ícone, o iBahia compilou o legado da artista e relembra a trajetória dela. Confira abaixo

Sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho) e de Claudionor Viana Teles Veloso, conhecida como Dona Canô, Maria Bethânia Viana Teles Veloso chegou ao mundo em 1946. A estreia na música aconteceu 17 anos depois. Natural de Santo Amaro, cidade no Recôncavo da Bahia, a cantora fez a primeira apresentação em Salvador, na peça "Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues. Depois disso, ela não parou mais.

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Ao lado do irmão mais velho, o cantor e compositor Caetano Veloso, e de outros grandes artistas, participou na juventude de espetáculos teatrais e shows musicais da época. Entre eles, “Nós, Por Exemplo”, que marcou a inauguração do Teatro Vila Velha, na capital baiana. Além de Caetano, Bethânia teve os amigos Gal Costa, Gilberto Gil e Tom Zé como parceiros de palco nesta ocasião.

Com o passar do tempo e das experiências, os eventos estrelados pela artista foram tornando conhecida nacionalmente a voz potente e singular dela. Em larga escala, o primeiro salto na carreira foi assegurado em 1965, quando substituiu a cantora Nara Leão no espetáculo "Opinião", que era dirigido por Augusto Boal, no Teatro de Arena, no Rio de Janeiro.

Na época, a elogiada interpretação de "Carcará", de João do Vale, a lançou rapidamente no rol das grandes cantoras do país. Neste mesmo ano, a baiana passou a morar no Rio de Janeiro e assinou contrato com a gravadora RCA. Da parceria, nasceu o primeiro álbum, que recebeu o mesmo nome que ela, "Maria Bethânia".

Dois anos depois, em 1967, o segundo álbum, intitulado "Edu e Bethania" (uma parceria com Edu Lobo), impulsionou mais ainda a carreira. Bethânia também foi a criadora e participante do grupo "Doces Bárbaros", que fez um grande sucesso. Logo no começo, a banda chegou a lançar um disco ao vivo homônimo. O quarteto era formado ainda por Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Em 1990, Bethânia já comemorava 25 anos de carreira. Na ocasião, lançou o LP 25 Anos, para registrar o marco, com um repertório brasileiro, que apresentava diversas culturas do país, trazendo canções consagradas e pouco conhecidas, entre regravações e inéditas.

O disco contou com a participação especial de grandes artistas, como Alcione, João Gilberto, Egberto Gismonti, Nina Simone, Fátima Guedes, Hermeto Paschoal, Sivuca, Wagner Tiso, Toninho Horta, Jacques Morelenbaum, Jaime Além, Márcio Montarroyos, Mônica Millet e Almir Sater.

Ao completar 50 anos de carreira, em 2015, a cantora foi homenageada na 26ª edição do Prêmio da Música Brasileira, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Com direito a uma grande noite de gala, a baiana foi aplaudida por algumas das maiores vozes da MPB.

No ano seguinte, Bethânia recebeu uma homenagem da escola de samba carioca Mangueira, que desfilou com o enredo "Maria Bethânia, a menina dos olhos de Oyá". Última a desfilar naquela edição, com a participação de Bethânia, a Mangueira conquistou o título de campeã.

Meses depois, foi a vez da Universidade Federal da Bahia (Ufba) conceder o título de honoris causa para a cantora, pela contribuição à cultura.

A mais recente conquista começou em 2021, quando a baiana foi eleita a nova imortal da Academia de Letras da Bahia (ALB), e foi concretizada no mês passado, com a posse.

Recordes e curiosidades


				
					Maria Bethânia completa 77 anos; relembre trajetória
Foto: Felipe Souto Maior/AgNews

Durante a carreira, Maria Bethânia se consolidou como uma grande recordista em vendas no Brasil, com mais de 26 milhões de álbuns comercializados. Ela foi a primeira mulher a vender mais de 1 milhão de discos no país, sendo apontada como a artista feminina que mais vendeu nos anos de 1970.

Alguns críticos argumentaram que o álbum Álibi (1978), "deu personalidade feminina à música brasileira da época, derrubando o estigma de cantora elitista da MPB, com todas as faixas estourando nas rádios". Na época, a Rolling Stone Brasil classificou o trabalho em o septuagésimo nono lugar na lista dos 100 maiores discos da música brasileira.

Além disso, a cantora é citada como uma impulsionadora da MPB, atingindo públicos até então não atingidos. A partir do sucesso, outros cantores passaram a ser ouvidos e a ter os seus álbuns adquiridos por um grande número de pessoas. No final da década de setenta, pela primeira vez, a MPB passou a ser a música mais consumida no país.

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