Três meninas, sendo duas de seis e uma de 7 anos, estão internadas no Hospital Regional de Eunápolis, no Extremo Sul da Bahia, depois de ingerirem remédios de uso controlado que achavam ser gomas de mascar. Elas não correm risco de morte, segundo informou a Polícia Civil, que investiga o caso por suspeita crime de lesão corporal culposa.
De acordo com a polícia, as meninas encontraram o medicamento antidepressivo amitriptilina por volta das 11h desta segunda-feira (15) próximo a um terreno baldio no bairro Tiago de Melo I, periferia da cidade, e distribuíram entre elas, pensando ser chicletes coloridos – o medicamento é amarelado.
Com a ingestão do medicamento, que provoca sobretudo sonolência, elas tiveram reação e chegaram em casa já tontas, com a boca amarela, tendo sido levadas às pressas para o hospital, onde foram submetidas a uma lavagem intestinal. Uma das meninas chegou a ficar em estado grave, inconsciente e respirando com ajuda de aparelhos, mas nesta terça foi descartado risco de morte.
“Uma das meninas que está em melhor estado de consciência revelou para a mãe dela que acharam que o remédio fossem chicletes. Com isso, descartamos a possibilidade de alguém ter dado diretamente o medicamento, o que poderia configurar um crime mais grave, como tentativa de homicídio culposa”, disse o delegado Raphael Dunice ao CORREIO.
Uma mulher de 36 anos é suspeita de ser a dona dos medicamentos. Ela e o marido foram ouvidos nesta terça pelo delegado. A mulher, porém, apresentou receitas e medicamentos que diferem do que foi ingerido pelas meninas, mas o delegado disse que pedirá informações ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para saber se a mulher está falando a verdade quanto aos medicamentos que toma.
“Ela disse que sofre de problemas epilépticos e, por isso, faz uso de medicamentos controlados. Por enquanto, estamos investigando o caso por crime de lesão corporal culposa, já que a pessoa assume um risco ao descartar esse tipo de remédio em qualquer local”, afirmou Dunice, que ainda quer ouvir as meninas sobre o caso.
O CORREIO tentou contato com a Secretaria de Saúde de Eunápolis, responsável pela gestão do Hospital Regional, mas a assessoria de comunicação da Prefeitura não deu retorno. Não foi dada informação ainda sobre providências por parte da Vigilância Sanitária Municipal.
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Redação iBahia
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