O desempenho do setor industrial comprometeu a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da Bahia. De acordo com o Valor OnLine, no estado o apagão de apenas um dia no começo do ano paralisou por semanas o parque petroquímico baiano, principal fonte de receitas do ICMS. De acordo com o IBGE, a produção industrial da Bahia como um todo recuou 6,7% no acumulado de janeiro a maio, e somente o setor de produtos químicos retrocedeu 21%. O superintendente de administração tributária da Secretaria da Fazenda da Bahia, Cláudio Meirelles, reconheceu que o problema influenciou a arrecadação, que cresceu nominalmente 4% (R$ 6,177 bilhões) e por pouco não zerou em termos reais, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período registrou taxa de 3,86%. "Por questões de segurança, se uma usina petroquímica sofre um desligamento é muito difícil religar e fazê-la voltar à produção regular. Foi uma perda representativa, ainda dependemos fortemente do setor", justificou Meirelles. Segundo ele, a arrecadação média mensal do ICMS na Bahia deve ficar entre R$ 1,050 bilhão e R$ 1,100 bilhão de agosto a dezembro, o que dobraria o desempenho verificado no primeiro trimestre. "Algodão e soja, commodities tradicionalmente exportadas pelo Estado, continuam com preços atrativos, prevemos o ressurgimento da indústria petroquímica com novos programas de investimentos e também acreditamos que o consumo no varejo e atacado continuará firme." *As informações são do Valor OnLine
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