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Mulheres trans têm barraca de lanche destruída em Feira de Santana

Crime aconteceu no Dia do Orgulho LGBTQIAP+. Homem, ainda não identificado, teria utilizado um martelo para agredir as vítimas

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Redação iBahia

04/07/2022 às 20:58 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:41 - há XX semanas
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					Mulheres trans têm barraca de lanche destruída em Feira de Santana
Foto: Reprodução / TV Bahia - Subaé

Uma barraca de lanche de duas mulheres trans foi destruída por um homem, ainda não identificado, na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. O caso aconteceu na quinta-feira (28), no Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, no bairro Gabriela. De acordo com informações divulgadas pela TV Bahia, as proprietárias do estabelecimento contaram o suspeito fez ameaças contra elas, arremessou objetos e usou um martelo para tentar agredi-las antes de atacar o ponto comercial.

A mãe de uma das vítimas, Raimunda Santos, que também trabalha no ponto comercial, revelou ainda que a violência aumentou depois que as vítimas fizeram a transição sexual.

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“Ele correu atrás de mim com barra de ferro e pedra, dizendo que iria me matar e arrancar a minha vida. Me ameaçou de morte e destruiu todo o meu trabalho com minha mãe, um esforço de mais de um ano e meio. Fora as ameaças. Ele passava pela barraca com uma tesoura dizendo que ia me matar”, comentou Karma Íris Santos, uma das vítimas.

Ele tentou me pegar, só que a gente correu. Eu, minha amiga e minha mãe. Antes dele correr atrás de mim, como ele tinha jogado uma barra ferro, alertou a gente. Logo em seguida ele jogou um martelo”, concluiu.

Raimunda Santos disse à TV Bahia que o homem estava agressivo e tentou matar as três. Após o ocorrido, ela conta que está com medo de voltar ao local e reerguer o ponto comercial, que era a única fonte de renda da família.

“Ele foi muito violento. Ele veio com arma branca para nos matar e corremos. Eu, como mãe, jamais vou esquecer essa situação. Foi muito doloroso, muito triste. Simplesmente destruiu todo o meu trabalho de um ano e seis meses, meu pão de cada dia”, comentou.

O homem não foi preso e, de acordo com as mulheres, trabalha em uma barbearia próximo ao local onde funcionava a barraca das vítimas. As mulheres trans procuraram uma comissão de diversidade sexual e de gênero da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA), na tentativa de conseguir uma medida protetiva. A Polícia Civil disse que a 2ª Delegacia Territorial (DT) da cidade investiga o caso.

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