Diversos integrantes de uma comunidade quilombola tomam as ruas de Acupe, no distrito de Santo Amaro da Purificação, para o tradicional evento do "Nego Fugido".
A expressão popular é o nome batizado do movimento e traz uma releitura da abolição. Caçados por subordinados dos senhores de engenho e soldados, os escravos conseguem se rebelar e capturam o rei para exigir sua alforria.
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As manifestações culturais acontecem durante todo o mês de julho em meio a um coletivo de expressões de temáticas quilombolas como Samba de Roda, rodas de Capoeira e aparições de Caretas, Mandus e Bombachos. As festas chegaram ao fim no domingo (31).
As manifestações em Acupe, tem origem no século 19 e além de serem tradição, são também elementos fundamentais na identificação do Recôncavo Baiano como local que possui um passado marcado pelo processo de escravidão de populações africanas.
O local é consolidado como um dos principais eventos de identidade de matriz afro-brasileira da Bahia, além de trazer à tona os saberes das comunidades tradicionais e promover discussões pertinentes à sociedade brasileira.
O distrito de Acupe, no passado, foi uma comunidade de negros escravos resistentes que fugiam das fazendas insatisfeitos pelos trabalhos forçados.
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Redação iBahia
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