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Caso Hyara

Pai de garota cigana morta na Bahia diz ter medo de ser assassinado

Homem alega que família do suspeito pode fazer algo contra ele e a esposa

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Redação iBahia

27/07/2023 às 15:41 • Atualizada em 27/07/2023 às 19:30 - há XX semanas
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					Pai de garota cigana morta na Bahia diz ter medo de ser assassinado
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O pai de Hyara Flor Santos Alves, garota cigana que foi assassinada após o casamento em Guaratinga, na Bahia, alega ter medo de ser morto pelo suspeito do crime ou família. O relato foi feito em um vídeo divulgado por HIago Alves nesta quinta-feira (27). O adolescente, que tem 14 anos assim como a menina tinha, foi apreendido na quarta (26), no Espirito Santo.

“Eu clamo por justiça para que pelo menos o meu coração e de minha esposa tenha um pouco de alívio. Para não mandarem me matar, porque ele solto, pode fazer isso, tem dinheiro demais”, disse Hiago Alves, completando: “Ele sabe onde estou e a gente tem medo disso”. Assista abaixo

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Vídeo: Reprodução

A Polícia Civil confirmou nesta quinta-feira que o marido de Hyara Flor será transferido para a Bahia. No entanto, segundo a polícia, ainda não há uma data certa para que isso aconteça. Inicialmente, o adolescente deve ficar apreendido por 45 dias, seguindo o mandado de internação contra ele. O caso segue sob investigação.

Após a apreensão, o pai do adolescente, que foi identificado como Júnior Silva Alves mas é conhecido como "Amorim" pelos ciganos, se pronunciou. Ele gravou um vídeo em que alegou que o tiro que matou a menina foi disparado acidentalmente por outro filho dele, irmão do esposo da vítima. O menino teria 8 anos.

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“Ele [o adolescente apreendido] não tem nada a ver com esse caso. A perícia tem que mostrar a verdade para a Polícia Federal. O fato que aconteceu foi J.D. [iniciais da criança], que é meu filho e cunhado de Hyara, brincando com a arma e teve um disparo acidental”, disse Júnior Silva Alves.

O pai do suspeito afirmou ainda que ama Hyara Flor e contou que acredita que a versão apresentada por ele será provada posteriormente. Em um outro vídeo, a criança descreve o que teria acontecido no dia do caso.

"Ela estava se maqueando e mexendo com a arma. E aí, quando ela acabou de se maquear, ela falou: 'O que tu fazia se uma pessoa fosse te roubar?'. Aí, sem querer, eu mirei pra ela. Sem querer, eu peguei e atirei".

Vingança

A família da vítima não acredita nessa versão e já havia apontado uma outra causa para o crime. O pai de Hyara acredita que o assassinato foi um ato de vingança, que teria sido planejado após o tio da menina ter um caso extraconjugal com a sogra dela. No entanto, a informação não foi confirmada pela polícia de Guaratinga, que investiga o caso.


				
					Pai de garota cigana morta na Bahia diz ter medo de ser assassinado
Foto: Reprodução / Redes sociais

“Eu desejo, de coração, que a justiça seja feita e que eles paguem pelo que fez atrás das grades. O pai e o filho. Eu creio que o mandante é pior do que quem mata. Eles premeditaram o crime contra minha filha, então eu peço justiça”, contou Hiago Alves, pai de Hyara Flor.

O assassinato aconteceu no dia 6 de julho, pouco mais de um mês depois que a vítima se casou com o suspeito. O laudo da necropsia da menina, que foi divulgado pelo g1 com exclusividade, mostra que a causa da morte foi "asfixiada por lesão complexa". O termo médico indica que Hyara Flor se asfixiou no próprio sangue após ser baleada.

"Eles armaram, me induziram [a conceder o casamento]. Mataram minha filha, em uma morte injusta, por vingança. Meu irmão tinha caso com a mulher dele [sogro de Hyara], ao invés dele descontar e brigar com meu irmão, eles mataram minha filha inocente", disse o pai da vítima. "Eu quero pedir justiça pela minha filha, em primeiro lugar. Mataram uma criança inocente. Eu quero justiça, a justiça de Deus e a da delegacia”, completou.


				
					Pai de garota cigana morta na Bahia diz ter medo de ser assassinado
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Ainda de acordo com Hiago em entrevista à TV Bahia, a adolescente vinha sofrendo violência doméstica desde o dia em que foi morar com a família do marido. Isso há cerca de 46 dias, quando o casamento foi celebrada em uma igreja católica de Guaratinga.

“Minha filha, desde o primeiro dia que casou com ele, estava sofrendo. Compraram estaca [pedaço de pau] para bater em minha filha. Vi minha filha com o braço roxo e perguntei o que era aquilo. A mãe dele [genro] não deixou minha filha responder, e disse que tinha sido eles dois brincando, que ele tinha mordido ela”.

Na semana passada, um vídeo que circula nas redes sociais mostra o sogro de Hyara Flor Santos Alves exibindo uma arma de fogo enquanto bebe dentro de um bar. A advogada da família, Janaína Panhossi, contou que a família acredita que a arma exibida pelo homem pode ser a mesma utilizada no crime. No entanto, ainda não há essa informação.

O caso tem chamado atenção nacionalmente. A autora Gloria Perez, que teve a filha assassinada pelo ator Guilherme de Pádua no passado, usou o perfil oficial nas redes sociais para dividir com os internautas a morte adolescente e alertar para o crime.

"Hyara e Amadeus se casaram há menos de dois meses. Os dois tem 14 anos, são ciganos e, conforme a tradição, sendo as famílias amigas, o casamento foi arranjado pelos pais. Essa semana Hyara foi assassinado com tiro de pistola. Amadeus seu pai e outro homem fugiram, e estão sendo caçados pela polícia e pelo pai de Hyara. Foi na Bahia", escreveu ela no Instagram.


				
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Foto: Reprodução/Redes Sociais
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