Um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), divulgado em maio, com uma análise dos primeiros meses de isolamento social, aponta que 98% das empresas do segmento foram afetadas pela crise sanitária causada pelo novo coronavírus.
Ao todo, 2.702 empresas foram ouvidas, entre prestadores de serviços de organizações de feiras, produção fotográfica, assessoria cerimonial, profissionais de iluminação, som, turismo entre outros. Desse número, praticamente todos os entrevistados tiveram seus eventos cancelados, arredondando, 12 por empresa.
Na última apuração apresentada pelo Sebrae no início da pandemia no e-book ‘Dicas para o mercado de eventos superar a crise’, a indústria de eventos é creditada por movimentar 12,93% do PIB Nacional, o equivalente a 936 bilhões de reais por ano.
A expectativa era de um aumento considerável na quantidade de eventos de pequeno, médio e grande porte, para o Brasil nos próximos anos. Porém, devido à crise causada pela Covid-19, os planos de novos eventos terão que ser adiados e em alguns casos repensados.
Na Bahia, o Observatório de Economia Criativa, grupo de pesquisa interinstitucional que reúne docentes e discentes da UFBA, UNEB E UFRB, apontou na pesquisa ‘Impactos da Covid-19 na Economia Criativa’, que 89% dos entrevistados tiveram suas atividades canceladas devido a crise.
A expectativa dos profissionais para o retorno das atividades neste ano é baixa e cerca de 52% não conseguem enxergar no cenário atual uma forma de se planejar para o próximo ano.
Na última semana, o Movimento Organizado dos Profissionais de Evento da Bahia (MOPE-BA) foi convidado para protocolar o documento P.O.E.S. (Procedimento Operacional de Evento Seguro para a Retomada da Cadeia de Eventos), na Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (SETUR), com base em itens nos protocolos do Ministério do Turismo.
O MOPE-Ba e seus pleitos
O Movimento Organizado dos Profissionais de Evento da Bahia (MOPE-BA), é uma organização social, sem fins lucrativos composto por um conselho com 15 cadeiras, entre empresários e profissionais autônomos do segmento de festas e eventos,
dispostos a dialogar com o poder executivo e legislativo, para tomar medidas de apoio e auxílio ao setor da economia criativa no estado.
O projeto vem funcionando de forma on-line e procura mobilizar o maior número de profissionais possíveis pelas redes sociais na luta pelos seguintes pleitos:
Isenção de impostos e taxas municipais, estaduais e federais; Abertura de linhas de créditos para PFs e PJs com carência de 1 ano, baixo juros e menos burocracia; Abertura de novos editais de patrocínios e licitações; Pagamento, por todos os órgãos públicos, secretarias e autarquias, de qualquer serviço referente ao setor de eventos, que esteja em atraso; Decreto de lei visando proteger fornecedores locais.
O Movimento vem realizando reuniões com autoridades baianas, como a Secretária da Cultura do Estado da Bahia, Arany Santana e o Superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado, além de políticos das esferas municipais e estaduais para apresentar ações efetivas para a cadeia da economia criativa.
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Redação iBahia
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