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Parque de Pituaçu passa por reformas e gera dúvidas em ambulantes

Ponto de venda de alguns, ciclovia será interditada para passar por melhorias; usuários também lamentam

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01/04/2014 às 11:38 • Atualizada em 29/08/2022 às 14:46 - há XX semanas
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No último dia 29 de março, o governador Jaques Wagner assinou uma ordem de serviço para o início das obras de requalificação do Parque de Pituaçu, que será realizada pela Conder, com supervisão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA). A previsão é que o projeto, orçado em R$ 14 milhões, será executado em 14 meses. O início das obras da primeira etapa aconteceu na última segunda-feira (31/3), e a expectativa é que termine em junho, segundo a assessoria de comunicação da Sema. A primeira etapa da revitalização prevê a reforma das quadras poliesportivas, da casa de represa e a implantação dos projetos de acessibilidade, sinalização e iluminação. Para a segurança, será implantada uma rede de monitoramento de circuito fechado de televisão, além da construção de cinco quilômetros da ciclovia e pista de cooper. Por falar em ciclovia, nesta primeira etapa, o local, que possui 15 km de extensão, será interditado completamente. Apesar das melhorias que as obras irão trazer, há quem saia prejudicado com a ação. Este é o caso de Eloísa Augusta do Nascimento, a Tia Lu, que vende côco no local há 19 anos. Situado no km 5,6 da ciclovia, o "Côco de Tia Lu" é a principal fonte de renda da senhora de 67 anos. Em entrevista ao iBahia, ela afirmou concordar com as intervenções, mas se mostrou contrária à interdição da pista. "Eu concordo com a obra, com a reforma que o governo vai fazer; acho que vai ficar bom para todos, mas eles precisam ter uma posição concreta para quem trabalha lá. Tem que ver como vai ficar a situação. Se a área até onde eu trabalho for fechada, eu vou ter que ir para outra, mas o governador disse que não ia fechar a ciclovia, que não ia prejudicar nenhuma pessoa", disse. Tia Lu revelou que um encontro dos comerciantes com o gestor estadual está programado para acontecer, possivelmente, nesta quarta-feira (2) e só então ela saberá se, de fato, deverá deixar temporariamente seu habitual lugar de sustento. "Não sou contra o governador fazer o trabalho dele, mas fechar a ciclovia fica difícil. A gente vive disso. Mesmo se ele fechar parcialmente não vai ter movimento, porque as bicicletas não vão passar. Amanhã eu vou ter uma decisão", avaliou. O bloqueio da pista para a obra, que começará pelas pontas e seguirá de um em um quilômetro — até que se encontrem no meio —, também foi criticado pelos usuários do local, como faz a jornalista Fernanda Carvalho, que vai ao parque quase todos os finais de semana. "Estou muito sentida porque é a atividade que eu mais gosto de fazer no final de semana. Apesar de estar querendo ver as melhorias no parque, não é possível que se faça obras em 15 km de extensão ao mesmo tempo. Sou leiga, não sou engenheira, mas acredito que poderia ser feito, por exemplo, do km 1 ao km 7 e do km 7 ao km 15", sugeriu. "Concordo que o parque precisa de muitas melhorias, a própria ciclovia precisa, além da falta de segurança, infraestrutura; aquela área pode ser muito mais explorada. Só não concordo com a interdição completa, poderia acontecer parcialmente, sem precisar prejudicar também as pessoas que sobrevivem dali à anos", finalizou a jornalista, que também costuma levar os filhos ao local.

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