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Polícia aponta marido de garota cigana como autor do tiro que a matou

Segundo delegado, suspeito, que também tem 14 anos, fugiu com a família após o crime e está sendo seguido por policiais

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Redação iBahia

12/07/2023 às 9:01 • Atualizada em 13/07/2023 às 14:36 - há XX semanas
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					Polícia aponta marido de garota cigana como autor do tiro que a matou
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O marido da menina de 14 anos que foi assassinada na cidade de Guaratinga, no extremo sul da Bahia, está sendo apontado como autor do tiro que vitimou a adolescente. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (12) pelo delegado Moisés Damasceno, que é coordenador regional da Polícia Civil e apura o caso. O suspeito tem a mesma idade que a vítima.

A situação aconteceu em 6 de julho, pouco mais de um mês após o casamento. As duas famílias são ciganas. Segundo o delegado, depois do crime, o rapaz teria fugido com os pais para se juntar a uma comunidade em outro estado. A polícia está seguindo os envolvidos. Até então, ninguém foi preso. Veja relato do delegado abaixo

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"Depois do tiro, ele e a família dele fugiram por uma estrada que dá acesso a Minas Gerais, e, de lá, foram para o Espírito Santo. Nós enviamos uma equipe aqui da Bahia, que se juntou a equipes de lá, e, durante diligências, conseguiram localizar o imóvel, em Vitória, onde eles teriam chegado, e, de lá, teriam partido para uma comunidade cigana, que fica no município de Cariacica".

Vídeo: Divulgação

Ainda de acordo com Moisés Damasceno, a família da menina, identificada como Hyara Flor Santos Alves, nega que tenha oferecido uma recompensa de R$ 300 mil por informações do suspeito, como havia sido divulgado nas redes sociais após o crime. "Eles negaram esse anúncio da recompensa. A autoria dessas publicações que estavam sendo divulgadas nas redes sociais".

Caso

O pai de Hyara já tinha acusado a família do genro antes. Em entrevista à TV Bahia, Hiago Alves alegou que uma vingança envolvendo uma traição teria motivado o feminicídio. O homem pede justiça.

"Eles armaram, me induziram [a conceder o casamento]. Mataram minha filha, em uma morte injusta, por vingança. Meu irmão tinha caso com a mulher dele [sogro de Hyara], ao invés dele descontar e brigar com meu irmão, eles mataram minha filha inocente", disse o pai da vítima. "Eu quero pedir justiça pela minha filha, em primeiro lugar. Mataram uma criança inocente. Eu quero justiça, a justiça de Deus e a da delegacia”, completou.

Ainda de acordo com Hiago, em entrevista à TV Bahia, a adolescente vinha sofrendo violência doméstica desde o dia em que foi morar com a família do marido. Isso há cerca de 46 dias, quando o casamento foi celebrada em uma igreja católica de Guaratinga.

“Minha filha, desde o primeiro dia que casou com ele, estava sofrendo. Compraram estaca [pedaço de pau] para bater em minha filha. Vi minha filha com o braço roxo e perguntei o que era aquilo. A mãe dele [genro] não deixou minha filha responder, e disse que tinha sido eles dois brincando, que ele tinha mordido ela”.


				
					Polícia aponta marido de garota cigana como autor do tiro que a matou
Foto: Reprodução / Redes sociais

O caso tem chamado atenção nacionalmente. A autora Gloria Perez, que teve a filha assassinada pelo ator Guilherme de Pádua no passado, usou seu perfil oficial nas redes sociais para dividir com os internautas a morte adolescente de 14 anos e alertar para o crime.

"Hyara e Amadeus se casaram há menos de dois meses. Os dois tem 14 anos, são ciganos e, conforme a tradição, sendo as famílias amigas, o casamento foi arranjado pelos pais. Essa semana Hyara foi assassinado com tiro de pistola. Amadeus seu pai e outro homem fugiram, e estão sendo caçados pela polícia e pelo pai de Hyara. Foi na Bahia", escreveu ela no Instagram.

Os internautas que seguem a escritora da TV Globo pediram que a autora de "Travessia" faça um folhetim com o enredo. "Já faça uma novela com enredo de ciganos", pediu uma. "A menina era bonita demais para esse Amadeus. Que dó do pai...O que será que aconteceu?", questionou outra.

"É complicado falar da cultura de um grupo mas tenho a infelicidade de viver próximo a uma família cigana e pelo amor de Deus! Como são machistas, brigões e irresponsáveis! Eu lutei pra não ter preconceito, li a respeito, ouvi um podcast do governo federal sobre o assunto mas não dá! Parece não haver exceção!!! É uma judiação! São completamente machistas e selvagens", escreveu mais uma.

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