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Produtos de 73 empresas baianas já estão presentes no exterior

Antes de levar a marca para outros países, as empresas precisam saber em qual nível estão e quais são as estratégias utilizar

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Redação iBahia

05/03/2017 às 14:25 • Atualizada em 31/08/2022 às 0:08 - há XX semanas
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Potencializar e internacionalizar a marca é o sonho de quase toda a empresa. Na Bahia, o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (CIN/Fieb) tem apoiado empresários e ajudado a colocar os produtos baianos em evidência no mundo. Desde o final de 2012, quando o centro foi criado, 73 grupos baianos já conseguiram levar seus serviços para outros países. De acordo com Patrícia Orrico, gerente do CIN, cerca de 500 empresas participam das ações e rodadas de negociações oferecidas.
“Temos uma avaliação contínua e controle dos números. Esse programa foi iniciado no final 2012 e até o final de 2016 eram 466 empresas que aderiram a ele”, explica Patrícia. “Temos um número de 35 missões empresariais, 368 empresas participaram do curso de capacitação, 78 estudos de inteligência comercial, 12 rodadas de negócios internacionais na Bahia e 1.200 encontros bilaterais entre empresas baianas e exportadores”, continua. Ainda de acordo com a gerente, cerca de 48 grupos estrangeiros também são acompanhados no processo.
Entre as empresas que conseguiram expandir o mercado de atuação está a Próton Sistemas, especializada em desenvolvimento de softwares de gestão empresarial. O grupo iniciou a participação no centro em 2013 e após um evento realizado no Panamá decidiu que era o momento de aumentar a participação no mercado internacional. “Eu não sabia nem o que fazer lá, não tinha o domínio da língua, mas decidi ir ver”, explica Adolfino Neto, diretor de negócios da Próton Sistemas. “Quando chegamos lá, ficamos surpresos porque tinha uma empresa que queria porque queria fechar negócio com a gente”, lembra.
Quem também aproveitou o suporte da Fieb para atacar o mercado externo foi a empresa de aromatizadores Acqua Aroma; primeira loja foi inaugurada em Orlando, na Flórida (Foto: Divulgação)
Após o pontapé inicial, a empresa se especializou na língua espanhola e hoje faz negócios com grupos da Costa Rica, além de ter participado de encontros de gestão nos Estados Unidos. Este mês, a Próton representará o Brasil no 6º Foro Latino-Americano e do Caribe de Outsourcing e Offshoring, a convite do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Se não fosse por isso (CIN), não sei quando a gente ia atacar o mercado externo”, conta Adolfino.
Rumo a US$ 1 milhão
Quem também aproveitou o suporte da Fieb para atacar o mercado externo foi a empresa de aromatizadores Acqua Aroma. Com a inauguração da primeira loja em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos, o grupo espera atingir a meta de US$ 1 milhão em faturamento e alcançar 500 pontos de vendas até o final deste ano. A escolha pelos Estados Unidos aconteceu pelo fato de o país ser o maior mercado consumidor do mundo para artigos de perfumaria para ambientes e pelos testes que indicaram a competitividade dos produtos da marca baiana.
“A dificuldade para levar os negócios para fora vem principalmente da escassez de informação. Mas quando compreendemos a dinâmica, vemos que a velocidade é outra, tudo funciona”, explica Lua Serafim, que está à frente da operação no exterior. Ela conta que precisou adequar o portfólio ao novo país.
“Tivemos que adaptar nossa seleção à preferência do consumidor dos EUA pelas fragrâncias sazonais, algo incomum no Brasil, e mesmo eliminar alguns itens do portfólio, como a água de passar roupa, já que o americano não tem esse hábito”, completa . Após a entrada no mercado americano, a Acqua Aroma mira o continente europeu, principalmente em países como Espanha e Portugal.
Quem também está investindo e levando a Bahia para o mundo é a Cachaça Limoeiro. Produzida na comunidade de Várzea da Cruz, no município de Feira da Mata, a bebida está inserida na Bélgica e Alemanha. De acordo com Raimundo Primo Macedo, um dos diretores da cachaçaria, a ajuda do CIN foi fundamental para conquistar os mercados. “O centro foi importante não só para conhecer a perspectiva de negócios, mas para preparar o produto, melhoramento de marca, design, criar uma identidade mais baiana”, diz.
Processo
Patrícia Orrico destaca que antes de levar a marca para outros países, as empresas precisam saber em qual nível estão e quais são as estratégias necessárias para obter sucesso . Depois disso, um trabalho de consultoria é prestado e inclui ainda a participação em encontros, palestras, rodadas de negócios e prospecção de parceiros no mercado. “O que a gente pode fazer é abrir o mercado, rede de negócios, trazer compradores e ajudar a empresa a galgar novos mercados”, afirma ela.
“Se a gente perceber que é importante para a empresa melhorar produtos e competitividade, a gente sugere a tecnologia para determinado aspecto, etapa que não está de acordo”, diz. “Nesse caso, a gente pode apoiar a empresa na identificação da tecnologia para que ela consiga implementar as mudanças para esse produto”, conta.
Este mês, pelo menos dois eventos do centro já estão marcados. Destinada aos setores da indústria dos cosméticos (perfumaria, maquiagem, salões de beleza, estética & SPA), a Cosmoprof será realizada entre os dias 16 e 21 de março. Já entre os dias 20 e 24, uma missão vai ser formada por 30 diplomatas brasileiros que conhecerão os aspectos econômicos e industriais do nosso estado.
“Temos uma agenda para essas questões, assim como os potenciais setores. Nós levamos delegações de cônsules para visitar áreas do estado, como Ilhéus, durante o Festival do Chocolate, para conhecer o cacau, a região do fumo, para conhecer o processo de produção e excelência, além de visita à produção de grãos de Barreiras. Nosso papel é atender a Bahia”, finaliza Patrícia, destacando a importância de interação com novos mercados.

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