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Rui Costa quer "relação mais profissional possível" com ACM Neto

Em entrevista ao iBahia, governador eleito contou o que fará até o dia da posse e sinalizou trabalho em conjunto com a prefeitura de Salvador

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08/10/2014 às 13:38 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:06 - há XX semanas
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Governador eleito no primeiro turno destas eleições com 3.558.975 votos (54%), Rui Costa está em êxtase com o sucesso nas urnas. Em entrevista ao iBahia nesta quarta-feira (8), ele, que só ocupará a principal cadeira do poder executivo baiano em janeiro de 2015, contou o que foi decisivo para levar a melhor sobre Paulo Souto (DEM) no último dia 5 de outubro.
Governador eleito, Rui Costa teve 54% dos votos válidos
"Eu acho que foi a comparação. As pessoas querem saber quem pode lhes oferecer um futuro melhor, para a sua família. As pessoas compararam os dois governos e perceberam que a nossa chapa ofereceria melhores condições de vida para os próximos anos e por isso apostaram na nossa candidatura. Isso eu acho que foi o elemento decisivo, embora existam outros. As pessoas também comparam a pessoa física dos candidatos e eventualmente o que eles acham que podem dar a segurança necessária, mas o elemento decisivo é a comparação de quem pode oferecer um futuro melhor para a família de cada um dos baianos" disse. Segundo Rui, o pilar da sua gestão será a saúde. Bastante precário, tanto na capital quanto no interior, o setor ganhará prioridade do petista, que quer, principalmente, trazer mais recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Rui Costa comemorou muito a vitória no primeiro turno
"Nós temos um grave problema na Saúde no país inteiro. O modelo do SUS é exemplar para o mundo todo, é referência, só que está subfinanciado. Ou seja, possui menos recursos do que deveria ter. Ontem eu tive a oportunidade de estar com a presidenta Dilma e reafirmei isso. Desde que cortaram a CPMF, não colocaram nenhum outro financiamento específico para a saúde no lugar, e é preciso. Eu vou, com os recursos do estado, aumentar os recursos para a saúde, mas é evidente que precisamos de um recurso a mais do governo federal na redistribuição do bolo tributário", avaliou, antes de revelar que, na reunião realizada nesta terça-feira (7), Dilma se comprometeu a dar uma fatia maior para cada Estado. "Ontem a presidente Dilma assumiu o compromisso com os governadores eleitos. Ela vai aportar um volume muito maior de recursos para que nós possamos responder ao aumento da demanda. Afinal de contas, a população baiana e brasileira ganhou mudanças em seu perfil demográfico. Quando eu estava aprendendo geografia na escola, a pirâmide etária da população tinha uma base muito larga e um topo muito fininho. Ou seja, poucos idosos e muitos jovens. De lá para cá, isso mudou. Hoje ela está mais gordinha. A base encurtou e nós temos um número alto de idosos. Com isso, aumentou a pressão pelo serviço de saúde e a oferta não respondeu na mesma velocidade. Nós precisamos corrigir isso urgente, porquê, de fato, faltam leitos e um atendimento de melhor qualidade", pontuou. O próximo governador da Bahia também sinalizou a construção de um novo hospital em Feira de Santana e a qualificação das unidades de saúde em Jaguaquara e Ipiaú. Contudo, sua agenda nos próximos dias será voltada apenas para a eleição de Dilma Rousseff e, logo depois, tirará folga. "Nas próximas três semanas a minha agenda é Dilma, Dilma e Dilma. Depois do segundo turno, vou tirar pelo menos uma semana para descansar, que também sou filho de Deus. Depois dessa semana, volto para montar um grupo de trabalho e finalizar essa transição de governo", disse com bom humor. Rui ainda garantiu que não mudará o plano de governo montado até aqui após passar seis meses viajando pela Bahia para ouvir as reivindicações e conselhos das mais diversas classes e que priorizará uma boa relação com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), no intuito de dar celeridade nos projetos, tanto do governo quanto da prefeitura. "Eu espero que (a relação) seja a mais profissional possível. Eu amo a minha cidade, eu quero cuidar dos três milhões de baianos que moram em Salvador e, no que depender de mim, vai ser o mais profissional possível para que todos os projetos, sejam da prefeitura ou do governo, possam ganhar celeridade. Eu, quando estava na Casa Civil, tive a oportunidade de ajudar, inclusive, argumentando e convencendo técnicos do governo federal, um projeto que a prefeitura vai executar com recursos federais que é o BRT, saindo da Lapa até a Estação do Iguatemi. Eu não faço restrições. No que eu puder ajudar a cidade, eu vou ajudar", finalizou.

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