O secretário de Comunicação do Estado, Robinson Almeida, fez um balanço sobre o ano de 2013, além de comentar temas como a seca, a atuação do Corpo de Bombeiros e as eleições 2014, durante entrevista a Emmerson José e Alex Ferraz, no CBN Salvador 1º Edição desta quarta-feira (4). Para Almeida, apesar dessa seca ter sido a pior dos últimos 60 anos, não houve um grave problema social na região do semiárido devido aos programas Bolsa Família e Garantia Safra. No entanto, ele disse acreditar que é necessário realizar políticas estruturantes como a transposição do Rio São Francisco, mas para dentro da Bahia. “Deveria ter uma velocidade maior, pois vemos a cada ano um processo progressivo de desertificação”, falou.
BombeirosSe por um lado a água é um problema, do outro o combate ao fogo no Estado está sendo feito de maneira precária. Questionado sobre essa situação e qual a melhor forma de resolver essa questão, Robinson Almeida afirmou que a saída é financiamento e gestão. Para o primeiro ponto, a Assembleia Legislativa da Bahia está resolvendo um projeto de lei que cria um financiamento através de taxas. “A segunda é gestão, temos que ter forma rápida para resolver as infraestruturas”, explicou. Sobre o movimento de independência do Corpo de Bombeiros, Almeida contou que em vários países a atuação do bombeiro é feita por civis. “Acho que cabe a ocupação da área de segurança, com uma lógica institucional, com o conceito de gestão pública desmilitarizada”, frisou. Ainda de acordo com o secretário, é preciso fazer um estudo sobre o sistema de segurança no País, pois a resolução dos problemas deve ser integrado. “Creio que temos que fazer um grande estudo no sistema de segurança no pais. Esse pacto federativo que o governo federal fica responsável pelas forças macro e os governos estaduais com a segurança no estado e o município com as guardas tenho dúvida. O tráfico é internacional e tem que ser enfrentado sistematicamente”, completou.
CopaO sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014 foi ressaltado como o terceiro maior em termos de audiência, perdendo para a abertura e encerramento da festa. Dessa forma, a projeção da Bahia é grande e a segurança do local foi estabelecido com um plano interno e externo. “Vem vários chefes de estado, 2 mil jornalistas e com os profissionais de apoio a produção do evento são 6 mil pessoas. A ocupação hoteleira é plena e o plano de segurança tem que ser favorável. O complexo reúne todas as necessidades em um único lugar. Não precisa ter que se mover dentro da cidade e a segurança externa em toda a linha verde e restrições de circulação na orla durante o evento”, explicou.
PolíticaSobre a estratégia de marketing em torno de Rui Costa, que foi anunciado como candidato ao Governo do Estado pelo PT, Robinson Almeida disse que será adequada para a realidade do secretário da Casa Civil. “Creio que para cada momento temos que desenvolver estratégia particular. O candidato de governo terá um conjunto de argumentos consistentes para defende-lo. O que mais alfabetizou, mais melhorou o salário dos servidores públicos, mais construiu estradas, habitação e a parceria com Dilma e apoio de Lula estará presente, mas creio que a estratégia deve privilegiar os atributos do candidato”, afirmou. Com a definição da cabeça de chapa por um candidato do PT, os partidos da base vão disputar as outras vagas [vice, senado e suplência do senado]. Em entrevista à CBN na última segunda-feira (2), o presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo (PDT), disse que vai aguardar uma conversa com o governador para saber se será vice na chapa, caso contrário, não vai retirar sua candidatura ao governo. “A condução do governo agora é conversar com todos. Temos o PSD, o PP e PDT de Nilo. Esses partidos devem ocupar essas vagas, as conversas dos próximos meses definirão e Nilo te um quadro de grande relevância”, frisou.
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