Para tentar combater os efeitos e prejuízos da seca, o governo da Bahia e o Ministério da Integração Nacional assinaram três novos convênios nesta segunda-feira (26) em Salvador. No total, serão investidos mais de R$200 milhões nos 158 municípios baianos que já declararam estado de emergência. Dessa quantia, R$168 milhões deverão ser repassados pelo programa Brasil Sem Miséria e servirá para a construção de 1.240 sistemas de água simplificados em diversos pontos do semiárido. Além disso, outra medida será a implementação do eixo inclusão produtiva para estruturar e dinamizar os arranjos produtivos locais (APLs) inseridos nas rotas de integração nacional. “Estamos vivendo uma seca muito dura, talvez a pior dos últimos 40 anos. Muitos serviços já estão sendo feitos, em função de que essa seca já dura três anos, mas agora temos que acelerar tanto as medidas emergenciais quanto as estruturais”, pontuou o governador Jaques Wagner. Ele destacou a criação de adutoras do São Francisco, do Feijão, do Algodão, de Pedras Altas e de Ponto Novo e também o investimento nos pequenos agricultores. “Já são 81 mil agricultores familiares que perderam essa safra e ainda há R$ 40 milhões a serem pagos a agricultores que perderam a safra de inverno e verão passados. É um quadro de muita preocupação", declarou.
Os serviços serão executados pela Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb). Dos R$ 168 milhões, R$ 71 milhões já foram empenhados pelo Ministério da Integração Nacional. Os primeiros 496 sistemas serão entregues até o final do ano. “Hoje, aqui, o Ministério da Integração está materializando o primeiro convênio do programa Água para Todos no Nordeste brasileiro. É o maior programa de abastecimento de toda a região para atender as populações dispersas, que moram no interior dos sertões”, destacou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Ele explicou ainda que os R$ 25 milhões que serão investidos nos APLs devem estimular a produção e a geração de emprego e renda no interior.Os recursos serão repassados pela Secretaria de Desenvolvimento Regional, do governo federal, arcando o governo baiano com o restante dos investimentos, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Serão beneficiadas as cadeias produtivas de ovino e caprino de leite e de corte (Rota do Cordeiro), de fruticultura (Rota da Fruta) e de apicultura (Rota do Mel), além de iniciativas de economia criativa.
Serão investidos R$200 milhões para combater os prejuízos da seca |
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