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"Vi a morte aos meus pés", diz paciente achado vivo em nerotério

Em carta, ele menciona a mãe, que morreu há 18 anos. "Por tudo e por todos, obrigada. Eu vi a minha mãe dizendo: filho, se apegue com ela e será salvo"

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25/08/2014 às 22:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 7:43 - há XX semanas
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O paciente que foi dado como morto em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, escreveu uma carta falando sobre a experiência que passou. "Eu, Valdelúcio, vi a morte aos meus pés, mas a minha fé foi tão grande que eu me curei. Diante da santa Irmã Dulce eu disse: opere mais o milagre para mim e fui atendido", escreveu Valdelúcio de Oliveira, 54 anos.No texto, ele menciona a mãe, que morreu há 18 anos. "Por tudo e por todos, obrigada. Eu vi a minha mãe dizendo: filho, se apegue com ela e será salvo". Valdelúcio luta contra um câncer e depois de passar por uma traqueostomia ele não consegue falar e se comunica escrevendo. Ele foi transferido para o Hospital Santo Antonio, das Obras Sociais Irmã Dulce, na manhã desta segunda-feira (25).

Valdelúcio foi declarado morto no final da noite de sábado (23) e encontrado vivo pelo irmão na madrugada de domingo (24) dentro de um saco no necrotério do Hospital Geral Menandro de Farias (HGMF).

Segundo Patricia Gonçalves, sobrinha de Valdelúcio, a família foi informada por volta das 23h de sábado (23) que havia falecido após uma insuficiência respiratória e falência múltipla dos órgãos.

Cerca de duas horas depois, o irmão do 'falecido' teve acesso à sala para vestir o corpo de Valdelúcio e percebeu que o saco estava se movimentando.

"O saco estava fechado e se mexendo. Subindo e descendo como se ele estivesse respirando. Daí ele [irmão de Valdelúcio] chamou todo mundo pra ver o que estava acontecendo. Já estava com os pés amarrados e com algodão no nariz e ouvidos", contou Patrícia ao Correio24horas por telefone.

Valdelúcio seria internado, nesta próxima terça-feira (26), no Hospital Santo Antônio. Porém, na manhã de sábado (23), ele passou mal e resolveram levá-lo para a emergência do Hospital Menandro. "Ele acordou com falta de ar. A tia dele achou que era a melhor opção e realmente foi. Quando eles chegaram, foram bem atendido e já mandaram entrar. Nem precisou parar pra preencher ficha antes", lembra Patrícia.

A direção do Hospital Geral Menandro de Faria (HGMF) abriu, nesta manhã, uma sindicância interna para apurar o caso.

Matéria Original: Correio 24h

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