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Zezéu Ribeiro confirma que vai deixar secretaria de Planejamento para dar lugar a Gabrielli

“Fiquei um ano montando intensamente projetos de larga escala, com alcance regional e nacional, e na hora de capitalizar isso para a Bahia, eu saio”, desabafou Zezéu

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02/03/2012 às 10:59 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:55 - há XX semanas
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O secretário estadual de Planejamento, Zezéu Ribeiro, confirmou nesta quinta-feira (1) que deixará o cargo para dar lugar ao ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, cuja função no governo era mantida em segredo. Zezéu, que reassumirá o mandato de deputado federal na Câmara pelo PT, disse que a decisão foi pessoal e que cabe ao governador Jaques Wagner oficializar a mudança, o que deve ocorrer após seu retorno da Alemanha, para onde viaja no sábado (3).
Zezeu Ribeiro não escondeu a frustração pela saída do governo
“Conversei com o governador e ele me colocou essa alternativa. Então, decidi dar um basta nisso. Amanhã (hoje), vou me encontrar com Gabrielli, mostrar os trabalhos desenvolvidos na secretaria. Mas, é bom dizer que não se trata de uma transição, é um reposicionamento”, afirmou, sem esconder o “sentimento de frustração” pela saída do governo, fruto das articulações para acomodar Gabrielli no alto escalão do Palácio de Ondina. “Fiquei um ano montando intensamente projetos de larga escala, com alcance regional e nacional, e na hora de capitalizar isso para a Bahia, eu saio”, desabafou Zezéu. Sua decisão também revela os desgastes entre ele e a cúpula do governo, desde que foi arrastado para o centro das especulações surgidas quando Gabrielli deixou a Petrobras e foi convidado por Wagner para assumir um cargo no governo. Questionado se guarda mágoas com o episódio, Zezéu evita falar em aborrecimentos. “A questão não é essa, e sim, as consequências para a Bahia. Há uma alta rotatividade na secretaria e ele (Gabrielli) será o quinto a ocupar o cargo. Isso interrompe projetos”, assinalou. No entanto, o petista, deixa evidente o surgimento de arestas entre ele e o governo. “Acho que há um débito pessoal comigo”, disse. Mesmo confirmado no cargo, nos bastidores do PT comenta-se, porém, que o Planejamento não era a primeira opção de Gabrielli, que busca ganhar musculatura para disputar a sucessão em 2014. Sobretudo, pelo esvaziamento da pasta, que perdeu poder e recursos para as secretarias da Casa Civil e de Desenvolvimento e Integração Regional.

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