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À PF, Bolsonaro nega envolvimento em fraudes no cartão de vacina

Ex-presidente passou mais de 3 horas na sede da PF nesta terça-feira (16)

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Redação iBahia

16/05/2023 às 21:03 - há XX semanas
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					À PF, Bolsonaro nega envolvimento em fraudes no cartão de vacina
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

Durante depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não ter envolvimento nas fraudes no cartão de vacina dele e da filha, Laura Bolsonaro, revelados na Operação Venire. O ex-presidente passou mais de 3 horas na sede da PF prestando depoimento.

Segundo o g1, o presidente falou ainda nunca determinou a inserção de dados falsos no Conecte SUS e que o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens Mauro Cid era o responsável por gerenciar sua conta no site. Além disso, ele pontuou não tinha conhecimento de nenhum esquema de inserção de dados falsos no sistema do SUS.

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Ele também destacou que Mauro Cid nunca comentou como obteve certificados de vacinação e que nem chegou comentar sobre o assunto. Bolsonaro afirmou ainda que nunca emitiu certificado de vacinação, uma vez que não tomou a vacina, e que não sabia como fazer isso.

Ele foi questionado sobre a emissão de um certificado por seu usuário no dia 22 de dezembro de 2022, às 8h, do Palácio do Planalto, porém afirmou que dificilmente estaria no local.

Sobre a filha, o ex-presidente afirmou que a menina tinha um laudo médico que permitia que ela não tomasse a vacina e que Laura entrou nos Estados Unidos sem comprovante de vacinação.

Investigações

A Polícia Federal realizou buscas na quarta-feira, 3 de maio, na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. No mesmo dia, os policiais prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenete-coronel Mauro Cid Barbosa.

A ação foi parte da Operação Venire autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das "milícias digitais" que tramita no Supremo Tribunal Federal e investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Durante a ação, foram apreendidos celulares e outros dispositivos do ex-presidente.

A corporação investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Os dados forjados seriam do próprio ex-presidente, assim como sua filha Laura Bolsonaro, que hoje tem 12 anos, e de Mauro Cid Barbosa e sua esposa e filha.

Atos antidemocráticos

Durante o depoimento, Bolsonaro também foi questionado sobre conversas do militar da reserva, Ailton Barros, que foi apontado como operado das fraudes nos cartões de vacinação em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Barros é apontado como homem de confiança do ex-presidente e o acompanhava em viagens.

Segundo o g1, Bolsonaro afirmou que não repassou orientações a Barros sobre movimentos antidemocráticos e que só conversava com ele esporadicamente. Além disso, ele pontuou que não sabia do envolvimento Barros em movimentos para executar um golpe de estado após resultado das eleições de 2022.

Afirmou que não tinha conhecimento sobre mensagem de áudio de Barros para Mauro Cid dizendo que ele sabia quem mandou matar a a ex-vereadora Marielle Franco.

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