Um homem condenado pela prática de crimes sexuais foi agredido hoje (14) por um advogado após deixar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao sair da sessão da Primeira Turma, Levi Cançado Lacerda levou em soco no rosto e foi puxado pela gola da camisa até chegar próximo a policiais militares, que estavam no local acompanhando uma manifestação em frente ao Supremo.
O agressor se identificou como André Francisco Neves e pediu que Lacerda fosse preso imediatamente. Os policiais informaram ao agressor que só poderiam prendê-lo com um mandado de prisão. Para escapar das agressões, Lacerda precisou se refugiar em um ônibus da Polícia Militar. Todos os envolvidos foram levados à delegacia para registro da ocorrência.
"Se é seu filho, o que você faria? Eu tenho duas filhas, se um cara faz isso, eu mato ele, só isso!", disse Neves. No julgamento, os ministros da Primeira Turma do Supremo rejeitaram o recurso do investigado e determinaram que ele volte a cumprir prisão em regime fechado. Em Uberaba (MG), Lacerda foi condenado a 24 anos de prisão por atentado violento ao pudor e corrupção de menores.
Os ministros chegaram a discutir sobre a prisão imediata do acusado, mas prevaleceu o entendimento de que caberá a Justiça de Minas Gerais cumprir a decisão. Ele chegou a ser investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, em 2008. Após se refugiar dentro do ônibus, Lacerda afirmou que não pretende fugir e que é inocente. “Eu vim de Uberaba, eu fui na tribuna para falar sobre as provas que eu estou enfrentando no processo. Logicamente, se eu perder, eu vou pagar o que a Justiça decidir”.
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