Desaparecido desde o dia 14 de julho, o caso Amarildo tem mais uma novidade. Duas testemunhas ouvidas na Divisão de Homicídios (DH) afirmaram que foram compradas pelo major Edson Santos, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificado (UPP) da Rocinha. Veja também:Filho de pedreiro desaparecido estreia como modeloArtistas fazem show em favor da família do pedreiro AmarildozSegundo informações do jornal Estadão, um policial civil também foi acusado pela dupla de fazer parte do esquema. O inspetor era lotado na 15ª DP (Gávea), e participou do inquérito que resultou na Operação Paz Armada, realizada na véspera do sumiço de Amarildo. As duas testemunhas são uma mulher e seu filho, de 16 anos, ambos moradores da Rocinha. O adolescente estava internado no Hospital Municipal Miguel Couto desde 25 de maio, quando foi atingido na perna por um tiro de fuzil disparados por PMS da UPP Rocinha. Ele recebeu alta na última quarta-feira (11), quando decidiu mudar sua versão sobre o sumiço de Amarildo. Ainda segundo a publicação, antes de ter sido baleado, o adolescente foi levado à 15ª DP, sob a acusação de furtar uma celular. O menor alega que um inspetor da 15ª DP lhe propôs um acordo onde não abriria o registro de ocorrência de furto, se o menor topasse identificar traficantes por meio de fotos no Facebook. O rapaz topou. Como recompensa, o inspetor teria lhe dado R$100. Dias após o sumiço, o mesmo inspetor teria lhe dado R$150, e prometeu presenteá-lo com um iPhone e um par de tênis de marca para ele dizer em depoimento que Amarildo havia sido assassinado pelo traficante Catatau. Depois de mais alguns dias, o major Edson Santos também teria procurado o adolescente e sua mãe para oferecer R$500 para os dois alugarem uma casa fora da Rocinha. Só que para receber este dinheiro, eles precisariam prestar depoimento à Auditoria Militar do Ministério Público, onde acusaria Catatau. Como a promessa não foi cumprida, o jovem resolveu contar à polícia.
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