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Aeronautas aceitam acordo com empresas aéreas, diz Fentac

Categoria poderia entrar em greve nesta quinta-feira. Em São Paulo, reunião entre aeroviários e empresas terminou sem a

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22/12/2011 às 18:24 • Atualizada em 27/08/2022 às 23:27 - há XX semanas
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Os sindicatos dos aeronautas (funcionários em voos) filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT) decidiram, em assembleias realizadas nesta quinta-feira (22), aceitar a proposta de reajuste salarial de 6,5% e 10% de alta nos pisos, apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Com isso, a greve programada para ter início às 23h desta quinta não deve mais ocorrer. Segundo a Fentac, os aeroviários (funcionários das empresas em terra) de Guarulhos e Pernambuco também aceitaram a proposta. Nos sindicatos de Porto Alegre e nacional, as assembleias seguem em andamento. Em audiência pública realizada na segunda-feira no Tribunal Superior do Trabalho (TST), aeronautas e aeroviários representados pela Fentac não haviam chegado a um acordo com as companhias aéreas em relação ao reajuste salarial. Inicialmente, eles pediam um reajuste salarial de 10%. No decorrer das negociações, entretanto, ambas as categorias concordaram que poderiam baixar o pedido para um reajuste de 7%, desde que o vale refeição e a cesta básica fossem reajustados em 10% (o que as companhias aéreas concordaram). O que emperrou as tratativas foi que depois as empresas aéreas aceitaram somente um reajuste de 6,17% - relativo à variação do INPC - uma diferença de 0,83%. De acordo com Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos, os aeronautas do município de São Paulo, da base da Força Sindical, também não entrarão em greve.
Reunião no TRT entre aeroviários de SP e empresas terminou sem acordo
Filiados à Força SindicalMais cedo, terminou sem acordo a audiência entre o Snea e o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo, filiado à Força Sindical, que representa cerca de 30 mil trabalhadores do setor nos aeroportos de Congonhas, Viracopos e outros no interior do estado. O Snea manteve a proposta – aceita na última terça pelos aeroviários do município do Rio de Janeiro e do Amazonas – de reajuste salarial de 6,17%, exceto piso salarial, vale refeição e cesta básica, que serão corrigidos em 10%. Na reunião em São Paulo, o sindicato pediu aumento de 8,5%. O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Jonas Santana de Brito, propôs que as empresas chegassem a um reajuste de 7% (6,56% do IPCA-15 e 0,44% de aumento real), o que foi rejeitado pelos representantes do Snea, que sinalizaram apenas com a possibilidade de aceitar o índice de 6,5%, desde que confirmada pela categoria em assembleia. Os trabalhadores devem realizar, na segunda-feira, uma assembleia no aeroporto de Congonhas para avaliar os rumos do movimento, que pode a greve da categoria. O desembargador Brito determinou, no entanto, que, caso a greve venha a ocorrer, 80% dos trabalhadores de cada setor deverão manter as atividades nos dias 23,24,29,30 e 31 de dezembro e 60% nos demais dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, seguindo determinação tomada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quarta-feira. A assembleia dos aeroviários de São Paulo, inicialmente, estava marcada para esta quinta, mas foi adiada pelos sindicalistas, após alerta feito pelo Ministério Público do Trabalho, que solicitou a suspensão da paralisação por 72 horas, diante do risco da greve ser julgada ilegal, uma vez que não há nos autos a prova documental dos avisos à população e às empresas. “Vamos permanecer em estado de greve. E devemos tirar o início de uma greve a partir de segunda”, afirmou o presidente do sindicato, Reginaldo Alves de Souza. Ele afirmou, no entanto, que não há impedimento para a realização de manifestações como a ocorrida na manhã desta quinta em Congonhas, que paralisou parcialmente o aeroporto. “Essas manifestações (como a) que fizemos hoje podem acontecer de novo", disse Souza. Ele destacou que serão levadas à assembleia tanto a proposta do Snea quanto a feita pelo TRT e que a categoria acredita que irá conseguir um reajuste acima de 6,5%, caso o índice só seja definido no julgamento do dissídio.

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