A Universidade de Vila Velha (UVV), no Espírito Santo, abriu uma sindicância para investigar a postura de 12 alunos de Medicina da unidade. Eles aparecem em fotos publicadas nas redes sociais vestindo jaleco, com as calças abaixadas até o tornozelo e fazendo um gesto com as mãos que remete à genitália feminina. A sindicância pode durar até 30 dias e o grupo pode ser punido verbalmente, com uma suspensão de três a cinco dias ou com a expulsão da universidade. Os alunos foram ouvidos, um a um, na tarde desta segunda-feira, pela coordenação do curso de Medicina.
"Hoje à tarde já está havendo uma reunião da coordenação do curso de Medicina para ouvir os alunos da foto e , em seguida, será instaurada uma comissão de sindicância para apuração dos fatos e responsabilização daqueles que tenham transgredido as normas e códigos de ética que regulamentam as ações dos alunos", diz nota da UVV.
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Ainda de acordo com a universidade, alguns alunos já assumiram a gravidade do ato estão arrependidos. A identidade deles não foi divulgada. As fotos foram tiradas no mesmo dia em que as imagens para o álbum de formatura da turma. O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), que cobrou uma punição aos estudantes, por parte da universidade. Como o grupo ainda não é formado, o Conselho não pode atuar com alguma penalidade.
Nesta segunda-feira, o CRM-ES participou de uma reunião com a coordenação do curso de Medicina da instituição para confirmar a autenticidade dos fatos. Nesta terça-feira, o Conselho terá uma reunião com representantes da universidade, os alunos envolvidos na polêmica e advogados e familiares deles para esclarecer sobre "a seriedade do caso e o flagrante desrespeito à ética profissional".
Se os envolvidos fossem médicos, mesmo que recém-formados, caberia ao Conselho abrir sindicância e, confirmado indícios de infração do Código de Ética Médica, haveria um consequente Processo Ético Profissional, cuja punição varia de advertência à cassação do registro de médico', diz a nota do Conselho.
A Universidade de Vila Velha declarou que repudia qualquer tipo de violência à profissão e que a conduta dos alunos não condiz com a da instituição.
"A Universidade Vila Velha declara qualquer tipo de ofensa a uma profissão tão importante e fundamental como a medicina. Nosso compromisso com a educação não condiz com conduta apresentada nas publicações.Deixamos claro que os atos dos alunos foram iniciativas pessoais e em desacordo com orientações que recebem dos professores e coordenadores da instituição", diz a nota.
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Redação iBahia
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