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Anderson sai de grupos de WhatsApp dois meses após a sua morte

Na data do crime, Flordelis se comprometeu a entregar o aparelho à polícia

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Redação iBahia

26/08/2019 às 16:32 • Atualizada em 31/08/2022 às 9:18 - há XX semanas
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O número de celular do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis dos Santos, saiu dos grupos de WhatsApp na tarde desta segunda-feira. O pastor foi morto a tiros na madrugada do dia 16 de junho, na casa da família, em Pendotiba, Niterói. O celular de Anderson nunca foi encontrado pela Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói e São Gonçalo, responsável pela apuração do caso.

Foto: Reprodução

Na data do crime, Flordelis se comprometeu a entregar o aparelho à polícia. Dias depois, ela afirmou aos policias que não tinha mais notícias do paradeiro do telefone. Os depoimentos de dois filhos da deputada, no entanto, contradizem a versão dela sobre o celular.

A assessoria de imprensa de Flordelis informou que o número de celular de Anderson foi desabilitado "por causa do custo". Um número de celular, ao ser desativado pelos seus antigos donos, é revendido pelas operadoras de telefonia.

Em seu depoimento dado à polícia no dia 24 de julho, um dos filhos adotivos de Flordelis, Wagner Andrade Pimenta, o pastor e vereador de São Gonçalo conhecido como Misael, relatou aos investigadores que esteve com a mãe três dias antes, na casa da família, em Pendotiba. Segundo Misael, durante uma reunião no quarto da mãe, ela escreveu em um caderno os dizeres “Nós quebramos o celular do Niel e jogamos na ponte Rio-Niterói”. Niel era o apelido de Anderson na família.

O depoimento à polícia no qual Flordelis afirmou não ter conhecimento do paradeiro do celular do marido foi dado também no dia 24, mesmo dia em que Misael foi ouvido pelos investigadores. No relato, Misael afirma ainda que o caderno passou pelas mãos de sua esposa, Luana, e de Daniel dos Santos, seu irmão.

Em seu depoimento, o filho adotivo de Flordelis ainda revelou que teve acesso ao telefone celular do pai no dia seguinte ao crime. Misael contou que o aparelho que estava com o motorista da mãe, Marcio da Costa Paulo, conhecido como Buba. Segundo o vereador, Buba relatou a ele que entregaria o celular para Flordelis. Como revelado pelo EXTRA, no mesmo relato, Misael disse acreditar que a mãe foi a “mentora intelectual” da morte do pastor.

O também pastor e filho de Flordelis Luan Santos, em seu depoimento, relatou à polícia ter visto o momento em que Buba chegou à casa de Flordelis, com o telefone na mão, para entregá-lo à mãe. Segundo Luan, um dos filhos biológicos de Flordelis, Adriano de Souza, tomou o telefone da mão de Buba e disse que pegaria o aparelho primeiro. Em resposta ao filho, Flordelis disse para que ele apagasse “aquilo que tá lá”. A mulher de Adriano alertou a sogra de que a polícia teria como descobrir se algo fosse deletado do aparelho. Luan afirma que concordou e, segundo ele, Flordelis abaixou a cabeça e ficou em silêncio. Luan prestou depoimento no dia 28 de junho. Ele também disse à polícia acreditar no envolvimento da mãe no crime.

Em seu depoimento à polícia, no dia 26 de junho, Buba confirmou que ficou com o celular de Anderson, mas não revelou o que fez com o aparelho. Já Adriano disse à polícia que não sabia informar a localização do telefone de Anderson.

A Polícia Civil concluiu a primeira fase das investigações da morte do pastor no último dia 14. Dois filhos de Flordelis - Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos - foram indiciados pelo crime. Flávio é acusado de ter atirado contra a vítima e Lucas, de ter ajudado o irmão a comprar a arma do crime. A DH abriu um novo inquérito para investigar a participação de outras pessoas da família no crime.

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