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Após denúncias, loja Zara cria etiqueta "antitrabalho escravo"

Consumidor pode ter acesso às informações dos fornecedores, como o endereço e número de funcionários

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21/05/2014 às 23:40 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:43 - há XX semanas
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Para reverter a imagem manchada desde 2011, quando o Ministério Público do Trabalho denunciou a Zara por trabalho análogo à escravidão em oficinas de costura subcontratadas no Brasil, a varejista espanhola lançou, nesta terça-feira (20), uma etiqueta eletrônica de “antitrabalho escravo”.
O presidente da Zara Brasil, João Braga, informou ao jornal Estado de S. Paulo, que a marca vai identificar os produtos fabricados no Brasil com uma etiqueta eletrônica que trará informações dos fornecedores, como o endereço da oficina e seu número de funcionários. Para ter acesso a esses dados, o cliente precisa ter em seu smartphone um aplicativo que leia o código impresso na etiqueta (QR Code). Leia tambémZara se recusa a assinar acordo com Ministério Público sobre trabalho escravoAlém da Zara, seis grifes são encontradas em blitz contra trabalho escravoRede de lojas de moda é suspensa do Pacto contra escravidão Com faturamento de R$ 962 milhões no ano passado, a Zara Brasil tem hoje 57 lojas, em 14 estados. De 2011 para cá, a marca, do grupo Inditex, investiu R$ 14 milhões em ações de responsabilidade social no país - mais que o dobro do que foi investido pela empresa nos oito anos anteriores à denúncia. No entanto, boa parte das medidas adotadas pela marca faz parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2012. Em paralelo, a empresa continua brigando na Justiça para não ser responsabilizada pela acusação de trabalho escravo feita em 2011. Na semana passada, a M.Officer foi denunciada pelo mesmo motivo e existem dez frentes de investigação em andamento.

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