Ele é compaheiro do jornalista norte-americano Gleen Greenwald, responsável po revelar a estratégia de espionagem eletrônica do governo dos Estados Unidos, feita pela Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês), que ficou conhecida nacionalmente como 'caso Snowden'.
De acordo com uma publicação do jornal britânico "The Guardian", David retornava de uma viagem a Berlim quando foi parado por oficiais às 8h30 (de Londres) e informado que iria passar por uma série de perguntas.
"Fiquei numa sala, tiveram seis agentes diferentes, entrando e saindo, falando comigo. Fizeram perguntas sobre a minha vida inteira, sobre tudo, levaram o meu computador, videogame, celular, meus memory cards, tudo" contou em entrevista ao programa Bom dia Brasil ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Por sua vez, Greenwald afirmou que se a intenção das autoridades britânicas foi intimidá-lo, agora é que ele irá publicar ainda mais documentos e informações a respeito de espionagens, com reportagens muito mais contundentes.
"Eu vou fazer reportagens com muito mais agressão do que antes, eu vou publicar muito mais documentos do que antes. Eu vou publicar muitas coisas sobre a Inglaterra também. Eu tenho muitos documentos sobre o sistema de espionagem da Inglaterra. Agora o meu foco vai ficar lá também. E acho que eles vão se arrepender do que fizeram", anunciou.
O procedimento da polícia britânica deve ser questionado pelo Parlamento britânico, onde a oposição disse cobrar explicações do governo sobre a detenção do brasileiro.
Ainda no domingo (18), o Itamaraty se manifestou sobre o caso, classificando o ato como "injustificável" e deu um aviso aos britânicos.
"O Governo brasileiro manifesta grave preocupação com o episódio ocorrido no dia de hoje em Londres, onde cidadão brasileiro foi retido e mantido incomunicável no aeroporto de Heathrow por período de 9 horas, em ação baseada na legislação britânica de combate ao terrorismo. Trata-se de medida injustificável por envolver indivíduo contra quem não pesam quaisquer acusações que possam legitimar o uso de referida legislação. O Governo brasileiro espera que incidentes como o registrado hoje com o cidadão brasileiro não se repitam", dizia a nota.
Dentro da lei
Os oficiais agiram de acordo com a lei do Ato Terrorista, sancionada em 2000. O texto permite a intercepção de indivíduos, além de pesquisa e aplicação de interrogatórios em aeroportos, portos e áreas de fronteira. Contudo, ainda segundo a publicação do periódico inglês, 97% das pessoas que passam por este procedimento não ficam detidas por mais de uma hora. Apenas uma entre 2 mil pessoas foi mantida sob custódia por tanto tempo.
Polícia não fala sobre o caso
A matéria do 'Guardian' conta ainda que a Scotland Yard se recusou a comentar quais motivos levaram seus oficiais a parar Miranda.
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