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Após vexame na Copa, governo quer intervir no futebol brasileiro

"Eu sempre defendi que o Estado não fosse excluído por completo do futebol. É uma intervenção indireta", diz ministro dos Esportes

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10/07/2014 às 14:19 • Atualizada em 27/08/2022 às 6:03 - há XX semanas
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O governo pretende assumir parte das funções de legislar sobre futebol no Brasil. De acordo com o jornal "O Estado de São Paulo", a humilhação sofrida pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo, diante da Alemanha, o governo exige mudança na estrutura do esporte e rejeita que a CBF possa administrar o setor sozinha.
A Fifa proíbe que governos façam qualquer intervenção nas federações sob ameaça de expulsar o país das Copas, mas o governo acredita que há espaço para agir. "Eu sempre defendi que o Estado não fosse excluído por completo do futebol. É uma intervenção indireta", afirmou Aldo Rebelo, ministro dos Esportes, segundo o "Estadão".
O detalhe é que a mudança passa por uma reforma na legislação. "A Lei Pelé tirou do estado qualquer tipo de poder de atribuição e poder de intervenção. Ela determinou a prática do esporte como algo privado, atribuição do mundo privado, e isso só pode ser modificado se a legistação também for modificada. Se depender de mim, parte dessa atribuição deve voltar", disse Rebelo.
Ainda segundo o ministro, a ideia não é nomear dirigentes, mas "preservar o interesse nacional e o interesse público". "O futebol brasileiro precisa de fato de mudanças. A derrota para a Alemanha evidencia essa necessidade", argumentou Aldo Rebelo, que classificou a goleada por 7x1 como "lição" e "uma marca muito terrível para o futebol brasileiro". Ele também cobra uma melhoria na qualidade da gestão dos clubes, novas leis e cogita até impedir a exportação de jovens promessas.

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