O baterista Paulo Pagni, da banda RPM, morreu neste sábado (22), depois de ficar internado por mais de 20 dias no Hospital São Camelo, em Salto, no interior de São Paulo. A informação foi publicada no Facebook da banda.
P.A., como era conhecido, estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Camilo desde 14 de maio com fibrose pulmonar, doença respiratória crônica e progressiva caracterizada pela formação de excesso de tecido conectivo nas paredes dos pulmões. Por razões de saúde, ele não vinha participando de alguns dos shows da banda.. O músico, quem completou 61 anos no dia 1º de junho, morreu às 8h40 por insuficiência respiratória e broncopneumonia.
Na capa do seu primeiro álbum, “Revoluções por minuto”, de 1985, o RPM aparecia como um trio: Paulo Ricardo (vocais e baixo), Fernando Deluqui (guitarra) e Luiz Schiavon (teclados). Integrado ao grupo durante as gravações do LP (já que o baterista Charles Gavin resolvera ir para os Titãs, àquela altura mais bem-sucedidos que o RPM), Paulo P.A. Pagni não teve tempo de sair na foto, mas viveu todo o processo que os levaria a se tornarem a banda de rock mais bem-sucedida de sua geração.
Com as canções “Olhar 43”, “Revoluções por minuto” e Rádio pirata” estouradas nas rádios, a banda caiu na estrada com um grande show, com direção de Ney Matogrosso, raio laser, teclados eletrônicos de última geração e a sensualidade de Paulo Ricardo. O LP seguinte, “Rádio pirata ao vivo”, lançado em 1986, alçou o RPM a um nível de estrelato poucas vezes visto no Brasil — o disco venderia mais de 2,5 milhões de cópias e levaria o grupo a viver cenas da mais pura beatlemania, com muitas histórias de sexo, drogas e rock’n’roll.
O fim do grupo em 1989 foi apenas o primeiro: ele voltaria outras vezes. Nos intervalos do RPM, P.A. chegou a ter até um grupo com Paulo Ricardo, o PR.5, de curta duração.
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Redação iBahia
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