Parentes de pacientes do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, relatam uma situação bem diferente da prometida pela prefeitura, quando, em janeiro deste ano, saiu em socorro do estado, em crise, ao assumir a gestão da unidade.
Daniele da Silva Monteiro, de 25 anos, mãe do pequeno Isaque da Silva Azevedo, de 3 anos, conta que o menino chegou a ficar quatro dias com fraldas improvisadas, já que as descartáveis estavam em falta. O menino tem paralisia cerebral e passou por uma traqueostomia. Por conta do procedimento, ele respira com ajuda do aparelho de oxigênio do hospital. Daniele diz que precisou comprar remédio para o filho, pois o hospital não disponibilizava:
— Lá em casa, estão os vidros (de domperidona, medicamento para náusea e má digestão) que comprei, o médico receitou. O último que comprei não tem nem uma semana. Fica até difícil (financeiramente) para mim. Acabaram de me informar agora que não tem algodão. Está faltando muita coisa ali dentro, está difícil — contou.
Quem chegava ao Albert Schweitzer, na segunda-feira, procurando ortopedista, precisava encontrar outra unidade para receber atendimento. Em frente à entrada da emergência, parentes de pacientes hospitalizados reclamavam da sujeira nos banheiros e da demora para a realização de exames.
A direção do hospital informou que Isaque está “recebendo os cuidados necessários para o quadro” e que “não há falta de insumos na unidade”. Em resposta, a unidade disse que “conta com ortopedista de plantão 24 horas por dia, todos os dias da semana”. O EXTRA, no entanto, presenciou funcionários informando um paciente que não havia especialista da área, segunda à tarde.
A nova emergência do Albert Schweitzer foi inaugurada em julho, após reforma. Na ocasião, o hospital era um dos cinco de referência para atendimento durante a Olimpíada.
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Redação iBahia
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