Em entrevista a emissoras católicas, nesta quinta-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que não deve levar adiante a fusão dos Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente . A ideia de unir as duas pastas em uma só foi cogitada pela equipe de Bolsonaro, mas desagradou tanto ambientalistas quanto ao agronegócio.
— O Brasil é o país que mais protege o meio ambiente. Nenhum país do mundo protege tanto quanto nós. Pretendemos proteger, mas não criar dificuldades para o nosso progresso — afirmou o presidente eleito, completando. — Havia uma ideia de fusão, mas pelo que parece será modificada. Ao que tudo indica, serão dois ministérios distintos — afirmou, salientando, no entanto, que o escolhido para o Meio Ambiente não vai ter "caráter xiita como nos últimos governos".
A proposta de fundir as duas pastas foi apresentada por Bolsonaro no início da campanha dentro de uma medida maior de redução de ministérios. No meio da campanha, ele voltou atrás em nome do diálogo, segundo ele. Mas a fusão voltou à pauta depois das eleições. Para o cargo de ministro da Agricultura, Bolsonaro pediu a indicação de um nome à Bancada Ruralista.
Na semana passada, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, disse após uma reunião com o presidente eleito que a fusão entre os ministérios não estava definida. A declaração contrariou o que foi dito outro integrante da cúpula bolsonarista, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O deputado dissera que que a junção já estava confirmada.
O anúncio da união das pastas fez com que os dois ministros atuais do Meio Ambiente e Agricultura reagissem. Edson Duarte, do Meio Ambiente, divulgou uma nota afirmando que vê com "surpresa e preocupação" o anúncio e que junção traria danos para as duas áreas". Blairo Maggi, que comanda a Agricultura, lamentou a decisão e disse que a fusão trará prejuízos ao agronegócio brasileiro, muito cobrado pelos países da Europa pela preservação do meio ambiente.
EDUCAÇÃO
Na área da educação, Bolsonaro foi questionado sobre a ampliação do ensino à distância. Disse que a iniciativa deve ser usada, por exemplo, no caso de crianças e adolescentes que moram em zonas rurais.
Ele foi indagado ainda sobre a liberação do aborto.
— Meu compromisso é não ampliar o aborto em hipótese alguma. Já disse várias vezes que não contariam com meu voto para uma proposta nesse sentido. Disse também que, se por ventura, Câmara e Senado ampliarem (as hipóteses em que o aborto é permitido), nós vetaremos uma proposta nesse sentido.
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Redação iBahia
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