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Brasil vai fazer primeira exportação de urânio enriquecido

Contrato, assinado há 15 dias, aguarda autorização do Ministério das Relações Exteriores

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Redação iBahia

20/06/2016 às 12:43 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:40 - há XX semanas
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					Brasil vai fazer primeira exportação de urânio enriquecido
O Brasil vai fazer a primeira exportação de urânio enriquecido, destinado para reator nuclear, para a Argentina. A informação foi dada nesta segunda-feira, pelo presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), João Carlos Tupinambá, durante evento na Sociedade Nuclear Americana (NSA), no Rio. Segundo o executivo, foi fechado acordo para a exportação de quatro toneladas de urânio enriquecido na forma de pó de UO2 (óxido de urânio). Do total, 1.430 quilos foram enriquecidos a 1,9%; 670 quilos, a 2,6%; e dois mil quilos, a 3,1%. Segundo o executivo, a INB já tinha em estoque cerca da metade do volume que será exportado, e o restante foi enriquecido na fábrica de Resende, no Rio. — Todo o processo foi genuinamente brasileiro, metade foi enriquecido aqui e metade havia em estoque — destacou Tupinambá. Segundo o executivo, o contrato foi assinado há 15 dias e agora está aguardando a autorização do Ministério das Relações Exteriores para sua efetivação. O negócio foi fechado com a empresa estatal argentina Conuar, que cuida da parte de combustível. O produto será destinado para um reator de teste de pequeno porte chamado Carem. O executivo explicou que as unidades de enriquecimento instaladas na INB (seis cascatas) permitem o enriquecimento de cerca de 40% das necessidades da usina nuclear de Angra 1. Se o projeto for concluído com a construção de mais três cascatas, o país passaria a ter condições de atender a toda demanda por combustível enriquecido de Angra 1 e a cerca de 20% da necessidade de Angra 2. Todas as etapas do enriquecimento de urânio já são produzidas no Brasil, com exceção da conversão em gás chamada de UF6. Apesar de já se ter tecnologia dominada, não é feito ainda no país por questões de escala. Falta definir com o governo federal a continuidade da construção das quatro últimas cascatas do processo de enriquecimento, que exigirá investimentos adicionais da ordem de R$ 100 milhões.

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