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Caixa diz que já demitiu quatro funcionários suspeitos de fraude

O grupo supervalorizava o preços de imóveis e até falsificava registros de bens que sequer existiam

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17/03/2015 às 17:25 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:00 - há XX semanas
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Dez funcionários da Caixa Econômica Federal estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude de financiamento imobiliário no Rio de Janeiro. Na Operação Dolos, deflagrada hoje (17), policiais federais cumpriram mandados de busca, apreensão e condução coercitiva contra 34 pessoas, incluindo os dez servidores federais investigados. Segundo o superintendente regional da Caixa, José Domingos Martins, estão entre os investigados quatro funcionários que foram demitidos porque infringiram normas internas. Os demais servidores foram afastados. “Esses empregados infringiram normativas internas de controle que visam a dar segurança às operações. Em face dessas ocorrências, ele foram administrativamente enquadrados.” Martins disse que a fraude foi detectada pela própria Caixa, por meio de seus órgãos de controle interno, e comunicada imediatamente à Polícia Federal. Segundo o delegado Rafael Andreata, avalistas de imóveis e intermediários de transações imobiliárias forjavam documentos para conseguir financiamentos de até R$ 1 milhão. O esquema contava com o apoio de funcionários do banco, inclusive gerentes de agência, que davam o aval para o financiamento mesmo sem que houvesse as garantias devidas. O grupo supervalorizava o preços de imóveis e até falsificava registros de bens que sequer existiam. Em 2012 e 2013, mais de 100 operações desse tipo foram detectadas pela Polícia Federal, provocando um desvio de R$ 102 milhões nesse período. De acordo com Andreata, ainda não é possível saber se os vendedores dos imóveis e os supostos compradores participavam do esquema. Mas sabe-se que os intermediários, que recebiam o financiamento, pagavam as primeiras parcelas da dívida para dar uma aparência de normalidade à operação. Os investigados serão indiciados por crimes como corrupção, associação criminosa, falsificação de documentos públicos, estelionato e peculato. Por enquanto, não foram decretados mandados de prisão. Apenas um dos investigados, um homem que trabalhava com intermediação imobiliária – apontado como cabeça do esquema – foi preso, em flagrante, por porte ilegal de arma.

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