O delegado Luís Fernando Lopes Teixeira, um dos responsáveis pela investigação da chacina na sede do Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians, disse nesta segunda-feira (20) que a principal hipótese para as mortes é o tráfico de drogas. “Por enquanto, a linha mais forte seria uma disputa pelo ponto de venda de drogas. Uma das [oito] vítimas estaria envolvida nessa disputa, mas ainda não há nada 100% comprovado.”
Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu na noite de sábado (18), por volta das 23h. Sete corpos foram encontrados baleados na sede da Pavilhão 9, na Ponte dos Remédios, zona oeste da capital. A oitava vítima foi levada ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.
Teixeira não confirmou a informação de que a ordem para os crimes partiu de uma facção criminosa. “Não tenho confirmação sobre isso ainda”, disse ele. A polícia descarta a possibilidade de a chacina ter sido provocada por briga entre torcidas.
De acordo com o delegado, a polícia trabalha com dois nomes de suspeitos, mas não os revelou para não prejudicar as investigações. A suspeita é de que o crime tenha sido praticado por dois ou três homens, “de cor clara e não muito altos”. “Estamos conversando com algumas testemunhas e checando várias informações. Em uma dessas checagens, chegou-se ao nome de dois indivíduos, ou melhor, aos apelidos, que poderiam estar envolvidos com o crime. Mas ainda não há nada comprovado”, enfatizou Teixeira, em entrevista. Até o momento, ninguém foi preso.
O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A Secretaria de Segurança Pública informou que quatro dos oito mortos tinham passagem pela polícia. Um deles, Fábio Neves Domingos, de 34 anos, foi um dos 12 torcedores presos em Oruro, na Bolívia, após a morte do torcedor Kevin Spada, em 2013. Spada foi morto por um sinalizador disparado durante partida entre o Corinthians e o San José, válida pela Taça Libertadores da América.
Além de Domingos, tinham passagem pela polícia Ricardo Júnior Leonel do Prado, de 34 anos, André Luiz Santos de Oliveira, de 29 anos, e Mydras Schmidt Rizzo, de 38 anos. Também morreram na chacina Marco Antônio Corassa Júnior e Matheus Fonseca de Oliveira, ambos com 19 anos; Jhonatan Fernando Garzillo Massa, de 21 anos, e Jonathan Rodrigues do Nascimento, também com 21 anos.
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